Ações dos próximos anos serão baseadas no fortalecimento da organização sindical, na defesa da democracia e no desenvolvimento sustentável.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) iniciou, na tarde da última sexta-feira, 20 de outubro, durante seu 14º Congresso Nacional, o debate sobre a estratégia de sua atuação para o próximo período, em âmbito nacional e internacional. As ações da Central estarão ancoradas nos eixos prioritários de fortalecimento da organização sindical, de defesa da democracia e de desenvolvimento sustentável e as discussões sobre estes eixos prosseguem até o final do Congresso, culminando com a aprovação do plano de lutas e a eleição da direção da entidade, que será responsável por colocar o plano em prática.
Estratégia internacional
Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CUT, Quintino Severo, a Central deve contribuir com o fortalecimento das organizações do movimento sindical internacional, como a Confederação Sindical Internacional (CSI), a Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Federações Globais, a Internacional Progressista e também dos fóruns e redes que reúnem os mais diversos movimentos sociais da classe trabalhadora e populares.
“No plano internacional, a estratégia da CUT deve estar alicerçada no tripé de fortalecimento do movimento e da organização sindical, para enfrentarmos as mudanças do mundo do trabalho, de defesa da democracia, pois só existirá movimento sindical se a democracia prevalecer; e de defesa do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente”, disse Quintino.
Estratégia nacional
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, vivemos um período muito difícil que nos traz um aprendizado que pode influenciar nossa ação sindical daqui para frente.“O movimento sindical tem que saber como a extrema direita se comunica com a população, acompanhar a narrativa deles, saber das mentiras, as fakes news, como ela usa as ferramentas de comunicação para manipular a opinião pública para que a gente possa combater tudo isso”, disse Juvandia. “Não é à toa que o congresso tem como lema ‘Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas’”.
“É importante reativarmos os comitês de luta e as brigadas digitais para organizarmos a luta da classe trabalhadora e ampliarmos nossa atuação junto às nossas bases”, completou a professora e secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Brasil, Janeslei Albuquerque. O texto base com as estratégias da CUT é público e está disponível no site da entidade. Para ler a íntegra, clique aqui.
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Fonte: Contraf-CUT