No mundo inteiro o 1º de maio é conhecido como o dia do trabalhador, mas para consagrar esta data como tal foi preciso muita luta da classe trabalhadora. Tudo começou na cidade de Chicago (Estados Unidos) no ano 1884 quando um congresso de operários decidiu deflagrar greves pela redução da jornada para oito horas diárias, até que se alcançasse a vitória. A lei que regulamentava a diminuição da carga horária já existia desde 1868, mas não era aplicada. A proposta era de paralisação geral a partir de 1º de maio de 1886.
No primeiro dia do movimento (segunda-feira, três de maio), a polícia mata seis operários em piquete. No dia 05 daquele mês os trabalhadores se concentram e debatem sobre o assunto. A polícia, por sua vez, ataca. O resultado, como não podia ser diferente, são dezenas de mortes, centenas de feridos, milhares de presos e sindicatos incendiados.
Já no ano de 1888, oito líderes da central sindical americana (AFL) são condenados. Desses, cinco foram enforcados, dois são sentenciados à prisão perpétua e um a 15 anos de cadeia. Em 1890 a AFL marca nova greve para 1º de maio de 1890, ainda pleiteando a redução. A data é marcada por paralisações e manifestações. Neste ano, a Internacional Socialista decreta luta pelas 8 horas e encampa a proposta da central.
No ano seguinte o cenário se repete. Atos e greves no mundo todo. A partir de então a Internacional decreta: 1º de Maio – Dia Internacional dos Trabalhadores. Finalmente em 1892 a classe operária obtém a vitória. O governo estadual de Illinóis anula o processo dos mártires de Chicago e declara todos inocentes devido as fraudes comprovadas.
CUT-PR centraliza atividades do 1º de maio em Foz do Iguaçu
Promover uma grande manifestação com milhares de pessoas. Este é o objetivo da CUT-Paraná para o Dia do Trabalhador. Para isso, a Central Estadual optou por concentrar as atividades em Foz do Iguaçu. A cidade foi escolhida pelo fato de estar localizada na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, possibilitando a presença de participantes dos três países. O intuito é unir os trabalhadores para fortalecer a luta latino-americano por emprego, trabalho e renda. Queremos um Mercosul solidário.
Mais de vinte caravanas de sindicatos e entidades do movimento popular do Estado estão confirmadas. O evento também vai contar com ônibus de militantes vindos do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
O coral infanto juvenil de Chapecó-SC e as bandas Blindagem e Vientosur prometem animar o público durante as atividades, que começam a partir das 10 horas, na terceira faixa da avenida J.K (região central de Foz do Iguaçu). Um pouco antes, às 09 horas, haverá ato simbólico de re-batismo da Ponte da Amizade para Ponte dos Trabalhadores do Mercosul.
Um dia antes (30/04) acontece o seminário internacional “Mercosul X ALCA – O que muda nas relações de trabalho?”, a partir das 19 horas, no auditório do Sinefi (Sindicato dos Trabalhadores no Setor de Energia Elétrica – Av. Tancredo Neves, 5605, Jardim Itaipu – Foz do Iguaçu).
Desde já, a CUT e seus sindicatos filiados parabenizam os trabalhadores e trabalhadoras por esta data que reflete toda história de lutas, perseverança e conquistas da classe que sempre batalhou por um mundo com mais dignidade e igualdade.
Cronologia histórica baseada em dados do Núcleo Piratininga de Comunicação