BANCO DEMITE SEM EXPLICAÇÕES FUNCIONÁRIOS COM 25 ANOS DE CASA
A Superintendência de Desenvolvimento Industrializado de Sistemas (SDIS) do Itaú Unibanco foi fechada em novembro de 2011. Aos 55 bancários que integravam o setor foi dada a seguinte escolha: deixar o Itaú ou ir para a área tecnológica em São Paulo. Destes, 21 foram para a capital paulista. “Quem escolheu esta opção, teve de arcar com mudança, moradia e transporte”, lembra Sidney Sato, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e ex-funcionário da SDIS.
E agora, o que o Itaú começa a fazer? Isso mesmo que você pensou. Seguindo sua política de maldades, o banco começou a caçar um a um dos funcionários e as demissões começaram, sem qualquer explicação. “É pura maldade. Os bancários foram para São Paulo há quatro meses, a maioria tem, em média, 25 anos de profissão, e está para se aposentar. Como ficam esses trabalhadores?”, questiona Sidney Sato. “Poucos foram beneficiados com o pagamento da estabilidade pré-aposentadoria”, completa o diretor.
A SDIS era oriunda da antiga equipe de Tecnologia da Informação do Banestado, incorporado ao Itaú após a privatização, no ano 2000. Na época, a área era composta por cerca de 500 funcionários, que foram reduzidos a 200 após a privatização. Com o tombamento dos sistemas, o número caiu para 55 funcionários.
Agora, os responsáveis por criar um sistema inovador, que foi referência em todo país, e é utilizado até hoje por praticamente todos os bancos do Brasil, estão sendo descartados. “Além dos demitidos, há também casos destes trabalhadores serem afastados, adoecidos pelas metas abusivas. É um desrespeito com pessoas que dedicara a vida a este trabalho”, completa Sidney.