AS METAS, O DESRESPEITO E AS DEMISSÕES CONTINUAM
O Superintendente comercial do Itaú, senhor Antonio Sturaro, está novamente aterrorizando os trabalhadores e promovendo o assédio organizacional nas unidades do banco.
Representando a política definida por Roberto Setúbal e demais donos do banco, Sturaro e uma série de carrascos espalhados pelo país estão implementando um processo de perseguição e demissão dos funcionários, utilizando como justificativa a “produtividade”.
Sturaro tem feito encontros com os gestores a fim de demonstrar “a curva”, um gráfico de produtividade que está sendo utilizado como parâmetro para demitir milhares de funcionários pelo Brasil. Para Sturaro e demais arautos do Setúbal, a meta não é 100%, mas 200%. Se não cumprir, é rua!
Os funcionários com idade próxima aos 50 anos, que tanto já contribuíram para o banco, estão sendo os alvos preferidos das demissões do Itaú. Nesses casos, nem mesmo a tal “curva” é levada em consideração, pois a idéia do banco é exterminar os mais velhos para adotar uma cultura ainda mais violenta de produtividade com os mais jovens.
Não há moral, só há metas – Sturaro enviou uma mensagem aos funcionários com uma analogia sobre produtividade através de uma parábola de uma freira e de uma taxista na porta do céu. Enquanto a freira teria recebido o “manto de linho”, pois as pessoas dormiam durante sua pregação, a taxista teria recebido o “manto de ouro”, pois, através de sua direção extremamente agressiva e o medo que as pessoas passavam no trajeto dentro do táxi, teria feito as pessoas rezarem muito mais que a freira. A moral da história: independente de seu padrão moral, honestidade, justiça e comportamento ético, o que importa é o resultado final e o cumprimento das metas. Não é exatamente assim que o Itaú está tratando os funcionários?
O Itaú, seus acionistas e Sturaro parecem não ligar para padrões morais e éticos e fazem qualquer coisa para aumentarem seus lucros e seus bônus. Demitem pais e mães de família, realizam programas de cobrança de metas que geram grande sofrimento aos bancários e não enxergam os funcionários, somente os cifrões.
O Sindicato não vai deixar barato. Carrascos como Sturaro e outros – tão em moda nesses tempos de metas a qualquer preço – não podem estar acima da lei e da vida dos trabalhadores. Precisamos da mais ampla mobilização dos trabalhadores do Itaú para lutar contra as demissões e para melhores condições no trabalho.