O movimento sindical bancário está exigindo da direção do Itaú Unibanco uma negociação para discutir a antecipação, ainda em agosto, do pagamento do Participação Complementar nos Resultados (PCR) para 2009, assim como dos indicadores que vão compor o valor a ser pago.
Os representantes dos trabalhadores reivindicam do banco a antecipação de 50% do valor pago em 2008, que foi de R$ 1.800. Na última reunião, em junho, o banco tentou desqualificar a reivindicação afirmando que o tema depende das negociações em curso entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban a respeito do modelo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Os bancários responderam que uma coisa está dissociada da outra. Um debate envolve toda a categoria nas discussões sobre uma regra mais objetiva e justa para a PLR, outra discussão é o programa próprio do banco. Os trabalhadores bancários exigem também a desvinculação do auxílio-educação do PCR.
"A conquista do PCR é fruto da luta e da organização dos trabalhadores no Itaú, e tem que ser estendida também para os trabalhadores do Unibanco, que agora fazem parte da holding", afirma Marcio Kieller, representante do Paraná na Comissão de Organização dos Empregados Itaú. "E a antecipação de parcela da PCR é parte constituinte dessa conquista. Assim, exigimos que o banco honre o que historicamente é feito, pagando a antecipação da PCR no mês de agosto", conclui.
Além do PCR, o movimento sindical quer ainda continuar a discussão com o Itaú Unibanco das outras questões pendentes, como a garantia de emprego, o PCS, o convênio médico, a central de realocação e a aposentadoria. Sobre o programa de incentivo à aposentadoria seguem em discussão as reivindicações de que ele seja estendido aos trabalhadores das agências, que a idade mínima das mulheres seja reduzida para 48 anos e que as contribuições para o plano de benefícios previdenciários na modalidade autopatrocínio sejam pagas em totalidade pelo banco.
SEEB Curitiba
Com informações da Contraf-CUT