Chegou às mãos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, nesta terça-feira (25), um comunicado enviado pela superintende de Curitiba Denise Delponte aos bancários do Itaú Unibanco, já nos primeiros dias da greve da categoria. Intitulado “Desafio anti-paralisação SOP-PR”, o documento afirma que algumas agências do banco estariam com “paralisação sindical” e que, por isso, os colaboradores estariam sendo encaminhados para outras unidades, direcionados a trabalhar na fila, no autoatendimento ou nos caixas.
Denise impõe a esses “colaboradores” o que ela chama de “desafio”, a ser cumprido a partir do dia 20 de setembro: para os bancários que estariam atuando no autoatendimente, ela determina 5 PICs, R$ 20 mil em crédito e 2 Seguros AP; já os caixas, teriam como meta 5 débitos automáticos, 1 Previdência, 1 PIC e R$ 10 mil em crédito. Ao final do comunicado, a superintendente frisa que a produção deveria ser informada a determinado funcionário e lembra que as metas são individuais, para cada colaborador, e não por unidade. Ela ainda finaliza com a frase “Vamos que vamos!” e assina como Denise Delponte, GSOA Curitiba 2.
Mais uma vez, o Sindicato repudia a postura antissindical e lamentável da superintendente, e considera absurda a atitude da mesma de enviar um comunicado nestes termos aos bancários do Itaú. Trata-se de um desrespeito escancarado ao direito de greve, além de uma clara violação aos direitos trabalhistas, seja ao forçar os funcionários a trabalhar fora de seu local de origem e em função diferente da qual foi contratado para exercer, seja ao impor o cumprimento de metas nestas condições. “Exigimos do Itaú um posicionamento em relação à prática antissindical da GSOA”, cobra o dirigente sindical Júnior César Dias.