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PARALISAÇÕES PROTESTAM CONTRA DEMISSÕES NO BRADESCO

27/05/2004
(São Paulo) Apenas no primeiro trimestre de 2004, o Bradesco eliminou 1.770 postos de trabalho, indo contra todos os esforços nacionais de tentar minimizar um quadro de 2,8 milhões de desempregados nas seis maiores regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE.

Para protestar contra a prática abusiva do maior banco privado nacional, a Comissão de Empresa dos Funcionários organizou para esta Quinta-feira um dia de paralisações e manifestações em todo o país.
Na capital de São Paulo, foi paralisado nesta manhã o Telebanco, localizado no bairro de Santa Cecília, onde trabalham 2 mil bancários. A atividade teve início às 5h e estendeu-se até às 10h, envolvendo cerca de 1 mil funcionários.

Durante a paralisação, foi realizada uma apresentação lúdica alusiva ao Show do Milhão do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), uma vez que o Bradesco é patrocinador do programa. Apelidada de Show do Miltão de Demissões, a apresentação denunciou os cortes de postos de trabalho frente às declarações do diretor executivo do banco, Milton Matsumoto, de que só estariam ocorrendo demissões de funcionários com avaliação insatisfatória, que tivessem cometido falha administrativa ou que tivessem interesse em se desligar do banco.

De acordo com o diretor de Bancos Privados da FETEC, Pedro Sardi, a atividade foi bastante positiva. “Contamos com amplo apoio dos funcionários e, ao término, houve até uma salva de palmas”, relata.

Além da atividade na capital paulista, estão previstas paralisações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Para as demais localidades, a orientação é de realizar manifestações para denunciar o banco que, apenas no primeiro trimestre deste ano, obteve lucro líquido de R$ 608 milhões – 19,8% superior ao mesmo período no ano passado, quando o resultado foi de R$ 508 milhões. “Com esse lucro, o Bradesco tem obrigação de não apenas manter os postos de trabalho, mas de contratar novos trabalhadores. Para se ter idéia, só com prestação de serviços, o banco arrecadou R$ 1,4 bi o que deu para cobrir todas as despesas com pessoal (R$ 773 milhões) e ainda muito”, denuncia o dirigente.

Jornalista: Lucimar Cruz Beraldo – FETEC/CUT-SP

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