O presidente do maior banco privado do País, Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, assumiu em definitivo seu lado na sucessão presidencial. Ele aproveitou a festa dos 90 anos de fundação da instituição para fazer um anúncio solene, cheio de palavras fortes entre elogios às "mudanças" que Marina significa e ataques velados aos seus adversários dela dos PSDB e do PT.
– Estamos diante de uma eleição presidencial que vai mudar os rumos do país, garantiu Setubal, para surpresa dos cerca de mil convidados presentes.
Em seguida, para não deixar dúvidas, prosseguiu com críticas aos governos anteriores, exercidos pelos presidentes Fernando Henrique, do PSDB, e Lula, do PT:
– O País não aguenta mais governos medíocres e populistas.
A festa foi realizada na Sala São Paulo, no centro da cidade, e reuniu pelo menos mil convidados, entre empresários, executivos do setor, clientes, fornecedores e políticos.
A política é uma paixão antiga da família Setúbal. O pai de Roberto e Neca, Olavo Egydio Setúbal, foi prefeito de São Paulo, indicado pelo regime militar, entre 1975 e 1979. Mais tarde, tornou-se ministro das Relações Exteriores do governo do presidente José Sarney, entre 1986 e 1987.
O aniversário do banco, no dia 27, é do antigo Unibanco, que foi fundado como uma casa comercial em 1924, em Poços de Caldas (MG), pelo comerciante João Moreira Salles. Presidente-executivo do banco, Setúbal recebeu os convidados ao lado de Pedro Moreira Salles, neto do fundador e atual presidente do conselho do Itaú Unibanco.
Sob a regência do francês Louis Langrée, a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) interpretou a Sinfonia nº 7 de Beethoven e o Concerto nº 1 Para Piano de Brahms, com a participação da pianista francesa Hélène Grimaud.