(Brasília) Os ganhos com a cobrança de tarifas bancárias têm crescido substancialmente nos últimos dez anos e ganhado cada vez mais importância no resultado dos bancos.
Enquanto em 1994 as receitas de prestação de serviço representavam 6,45% do total de receitas dos bancos, no final de 2003 esse índice já chegava a 11,21%.
Os dados são do Dieese, subseção do Sindicato dos Bancários de Brasília.
De dezembro de 1994 a dezembro de 2003, as Receitas com Prestação de Serviços do sistema bancário cresceram 378%, em valores nominais, ante uma inflação de 137%, calculada pelo Dieese.
Levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou ainda que os reajustes médios promovidos pelos bancos nas tarifas aos clientes foi de 14,5%. No mesmo período, a inflação acumuladas foi de 8,01%.
Enquanto as receitas advindas de taxas, tarifas e outras cobranças dos correntistas e usuários tiveram um “boom” a partir do Plano Real, os bancos priorizaram a redução das despesas com pessoal.
Dessa forma, em 1994 as receitas de prestação de serviços dos bancos, em média, representavam 26% das despesas de pessoal.
No final de 2003, essa média passou para 93,3%. Em alguns bancos, como o Itaú, esse índice é de 181,6%.
Esse assunto foi tema de reportagem do jornal Valor Econômico, nesta semana. A reportagem, da jornalista Maria Christina Carvalho, tratou ainda das possibilidades de crescimento da receita de tarifas, por intermédio da conta-investimento, que entra em vigor em agosto, e das operações realizadas por internet.
Confira a íntegra do estudo feito pelo Dieese e da reportagem do Valor Econômico no site do Sindicato www.bancariosdf.com.br.
Fonte: Seeb Brasília