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Sem limites, Itaú faz bancário dormir no CAT em São Paulo

Foto: Seeb São Paulo
Os bancos estão sentindo o peso e a força da mobilização dos bancários contra a ultrajante proposta da Fenaban, de perdas de 4% para salários, PLR, piso e vales. Ao invés de apresentar nova proposta, tentam dividir a categoria e evitar adesão ainda maior ao movimento. Para isso, lançam mão de prática ilegal e antissindical. Parte dos funcionários do Centro Administrativo Tatuapé (CAT) foi forçada a chegar de madrugada para o trabalho e até dormir no local no segundo dia de greve, nesta quarta-feira (7).

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo chegaram ao CAT logo cedo, para mobilizar bancários da concentração localizada na zona leste da capital paulista. Após receberem denúncia anônima, os representantes dos trabalhadores confirmaram o desrespeito à Lei de Greve. “Contamos cerca de 400 bancários no interior do prédio. Encontramos pessoas dormindo em colchonetes no chão, sofás e outros debruçados nas estações de trabalho. Isso é prática antissindical. Um desrespeito ao direito de greve, previsto na Constituição”, relata o dirigente sindical e bancário do Itaú Sérgio Lopes, o Serginho. “Onde está o banco que aparece nas propagandas, que diz valorizar tanto a responsabilidade social?”, questiona.

“A maioria dos funcionários do CAT são mulheres. O Itaú, ao obrigar que cheguem de madrugada, fora do turno normal, coloca em risco a segurança dos trabalhadores e os afasta do convívio com suas famílias”, critica a diretora do Sindicato e também bancária do Itaú Ana Tércia Sanches.

Segundo os dirigentes paulistas, quando chegaram ao CAT, depararam-se com uma grande fila de táxis que traziam bancários até a concentração. “Para isso o Itaú tem dinheiro. Agora, para melhorar o transporte rotineiro até o CAT, aumentando o número de veículos e melhorando suas condições, não tem”, destaca Serginho.

Outro flagrante: máquinas com aviso para não serem desligadas. O banco faz isso com objetivo de contingenciar. Com o computador ligado, o funcionário pode acessá-lo de outro local e trabalhar remotamente.

“Essa postura não diminui a insatisfação dos trabalhadores com a proposta apresentada pela Fenaban e muito menos a disposição da categoria na luta por aumento real e melhores condições de trabalho”, enfatiza Serginho.

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