O movimento sindical assinou, em reunião com o banco no último dia 5, um acordo que resgata o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados dos funcionários que participaram de greves de 1997 a 2002 e não receberam a PLR.
Durante o governo FHC, o pagamento foi impedido. Foram realizadas greves regionalizadas (não foi o caso de Curitiba) no período que mais arrochou os salários dos funcionários do BB.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Marisa Stédile, disse estar feliz por viver este momento de resgate de um instrumento fundamental para a luta dos trabalhadores que é o direito de greve. “Esse resgate deve significar que o direito de greve do funcionalismo possa ser exercido sem o risco das perseguições e punições”.
Segundo José Paulo Staub, “estamos presenciando a abertura de um processo democrático que repõe em parte o prejuízo dos funcionários. O BB deu um passo para recompor a dignidade e melhorar a relação com os funcionários”.
O acordo faz justiça aos colegas que foram punidos por exercerem seus direitos. O movimento sindical agora espera que o diálogo que resultou no pagamento das PLRs atrasadas sirva de base para outros acordos que beneficiem os bancários.
Regiões contempladas
Receberão os valores relativos ao acordo firmado com o BB, alguns bancários ligados aos sindicatos da Bahia, Bragança Paulista, Brasília, Campos dos Goytacazes, Chapecó, Extremo Sul da Bahia, Ihéus, Irecê, Itabuna, Jacobina, Pernambuco, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresópolis e Vitória da Conquista.
