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Começam negociações dos financiários com Fenacrefi

 Além dos bancários, os financiários começaram as negociações da Campanha Nacional da categoria nesta terça-feira, 30 de agosto. Os financiários querem fim das terceirizações e das metas abusivas e discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados. 

 

Veja relato da Contraf-CUT:

 

Contraf-CUT abre negociação da campanha dos financiários com Fenacrefi

 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizaram nesta terça-feira, dia 30, a primeira rodada de negociação da Campanha Nacional dos Financiários com a Fenacrefi, entidade patronal do setor, em São Paulo. A reunião marcou o início da Campanha Nacional de 2011 da categoria, que tem data-base no dia 1º de junho.

 

Os destaques ficaram por conta do combate à terceirização, fim das metas abusivas e a discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A próxima rodada acontece no dia 12 de setembro.

 

A luta pelo emprego foi aprovada pelos financiários como uma das principais bandeiras da campanha salarial deste ano, especialmente com foco nas terceirizações, a partir da edição das novas resoluções do Banco Central (3954 e 3959, de 24 de fevereiro e 31 de março de 2011, respectivamente) que, apesar de proibirem a forma de franquia, autorizaram os bancos e financeiras a constituírem seus próprios correspondentes para atuarem na concessão de crédito.

 

Outro ponto, foco da categoria na Campanha Nacional, é a abrangência da convenção coletiva para todo o país. Os trabalhadores defendem que o acordo assinado pela Contraf-CUT com a Fenacrefi seja cumprido em todo o território nacional e válido para todos os trabalhadores que prestam serviços às financeiras.

 

Os financiários cobram um reajuste salarial que contemple a reposição da inflação acumulada entre 1º de junho de 2010 e 31 de maio de 2011 (projetada em 7,27% segundo o ICV/Dieese) e um aumento real de 5%.

 

A categoria reivindica ainda um modelo de PLR equivalente ao definido na Convenção Coletiva dos Bancários. Da mesma forma, cobram a criação de um acordo de combate ao assédio moral nos moldes do conquistado pelos bancários.

 

O reajuste salarial e a criação de uma comissão paritária de saúde serão discutidos em próximas negociações, ainda sem datas definidas.

 

Assédio moral – Os trabalhadores cobraram que as financeiras também assinem o aditivo ao acordo coletivo que estabelece um nstrumento de combate ao assédio moral, da mesma forma como aconteceu entre os bancários e a Fenaban. Os representantes Fenacrefi sinalizaram que deverão também assinar a cláusula nos mesmos moldes que fizeram os bancos.

 

PLR – Durante a reunião ficou acertado também que será criado um grupo de trabalho – composto por representantes dos empregados e das financeiras – para discutir um novo modelo de PLR.

 

"Os trabalhadores merecem ser reconhecidos e valorizados pelo bom desempenho das empresas. Por isso, merecem uma PLR maior e o aumento real nos salários", disse Jair Alves, diretor da Contraf-CUT.

 

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