Na negociação da última sexta-feira, 11 de novembro, após forte mobilização dos trabalhadores, o BNDES apresentou proposta com reajuste de 9%, com aumento real de 1,5%.
Conheça proposta do BNDES:
Mobilização dos bancários faz BNDES apresentar proposta com aumento real
Após mobilização dos funcionários, a direção do BNDES retomou as negociações na última sexta-feira (11) com a Contraf-CUT, sindicatos e entidades associativas, no Rio de Janeiro, e apresentou uma nova proposta para avaliação das assembleias dos sindicatos. A exemplo dos demais bancários, o banco propõe reajuste de 9%, o que representa 1,5% de aumento real.
Conforme o secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros, que participou da negociação, "além de aumento real, a proposta contém vários avanços importantes para os trabalhadores".
Veja os principais itens da proposta:
– reajuste de 9% para os salários, auxílio-refeição, cesta alimentação e programa de assistência educacional, retroativo a setembro de 2011;
– acréscimo ao salário-base do Segmento de Serviços Auxiliares (Grupamento "C") de parcela fixa de R$ 85,60, retroativo a 1º de setembro de 2011;
– gratificação salarial extraordinária (abono) em valor correspondente a 100% da remuneração contratual, já com o reajuste previsto em setembro de 2011;
– fornecimento da 13ª cesta alimentação, no valor de R$ 339,08;
– abono de horas para aleitamento (as empresas facultam às suas empregadas, nos seis meses subsequentes ao término da licença-maternidade, o abono de eventuais saldos negativos em até uma hora diária).;
– compromisso formal da administração do Sistema BNDES em estudar a adesão dos anistiados ao Acordo de Horas Extras Contratuais (pré-contratadas);
– constituição de Comissão Paritária com objetivo de elaborar cláusula aditiva para tratar da "Remuneração durante a carência do INSS";
– realização de estudos com o objetivo de estabelecer a correspondência entre as tabelas salariais do PUCS e do PECS para efeitos de salário-de-benefício da FAPES;
– garantia de que os pleitos relativos ao PECS serão estudados no âmbito do GEP, inclusive a redução do número de níveis do Segmento de Nível Médio.
Avaliação da proposta – A posição do governo e da diretoria do banco foi de endurecer as negociações. Após seis rodadas, nenhuma resposta à minuta de reivindicações foi apresentada. Pior, o BNDES chegou a suspender as negociações.
Em resposta, o funcionalismo ampliou sua mobilização, aprovando estado de greve. A sinalização fez com que o banco deixasse sua intransigência de lado, apresentando uma proposta que atendesse às expectativas dos funcionários.
Desta forma, a comissão de negociação avaliou a proposta e orienta a aprovação nas assembleias dos sindicatos.
Para Carlos de Souza, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que participou das negociações, a apresentação da proposta é mais um exemplo do que é capaz de fazer a mobilização dos trabalhadores. "Foi através do estado de greve que conseguimos arrancar do governo e da empresa uma proposta que dialoga com nossas reivindicações. Agora é garantir a presença nas assembléias para avaliá-la", afirmou.
No Rio, haverá assembléia dos funcionários do BNDES, Finame e BNDESpar nesta quarta-feira (16), às 14 horas, no hall de entrada do prédio da Avenida Chile.
Calendário de pagamentos – O BNDES informou ainda o cronograma para pagamento dos valores relativos ao acordo, caso a proposta seja aprovada nas assembleias:
Novembro
25 – Pagamento do abono (com reajuste)
25 – Pagamento da folha de novembro (com reajuste).
25 – Crédito em folha das diferenças retroativas a setembro dos benefícios do programa educacional (se for o caso)
28 – Disponibilidade dos créditos para os cartões alimentação/refeição de dezembro (com reajuste) e das diferenças (set/out/nov) e o 13ª cesta- alimentação.
Dezembro
9 – Pagamento do 13º salário.
20 – Pagamento da folha de dezembro + diferenças (set/out)