Ainda no governo Bush, uma sucessão de escândalos “corporativos” tomou conta da mídia. A corrupção só pode ser pública. Quando acontece no mundo privado, é chamada de “desvio de conduta” pela imprensa amestrada do poder econômico. WorldCom, Xérox, Kmart, Enron, dentre outras, maquiaram os balanços com a anuência de auditores “independentes” – Arthur Andersen. Para fechar seu governo com chave de “ouro”, a falência de Merryl Linch e Lehman Brothers. Qual a relação entre estas empresas: seus diretores e CEO’S eram remunerados com premiações sobre o lucro por ação. Sem fiscalização, sem regulamentação, as maracutaias se proliferam, falindo empresas e colocando vários trabalhadores no olho da rua. Fora 200 mil pessoas que ficaram sem aposentadoria em Taiwan devido ao fechamento do Lehman Brothers. Ninguém foi para a cadeia. Faça-se justiça ao judiciário brasileiro, pois, também nos EUA bandidos do colarinho branco não vão para a cadeia.
Os gananciosos e bandidos que gritavam aos quatro ventos a “liberdade de mercado” escondiam por trás de seus “armanis” uma metralhadora retórica falsa e sedutora. Avareza, gula, luxúria, sociopatia. Definam como quiserem, mas o fato de alguns poucos executivos serem remunerados conforme seu “desempenho”, contemplados sob a dinâmica do “céu é o limite” leva a distorções que saem das páginas de economia e vão parar nas páginas policiais. Será o que ocorre com o banco Panamericano uma praga “panamericana”? Pela imprensa será difícil descobrir. O problema se repete: negócios escusos, balanços fraudados sob anuência de auditoria “independente”, diretores enriquecidos, empresas comprometidas. E o Banco Central que somente fiscaliza superávit primário. Enquanto isso, vem aí o BBB 11 ou 12…