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Funcionários conquistam lucro recorde para o Itaú

O Lucro recorde do Itaú em 2010, de R$ 13,3 bilhões, é fruto do esforço de todo o quadro de funcionários do banco, que suaram a camisa para atingi-lo! Incansavelmente observamos a persistência dos funcionários em atender as metas abusivas que o banco coloca. E sempre que são atingidas elas desumanamente aumentam.

 

Onde vamos para nesse processo de busca obstinada pelo lucro que o banco coloca seus funcionários? No cumprimento dessas metas, muitos adoecem pelo caminho. O mínimo que o banco Itaú pode fazer, e nós, da  Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú estamos buscando junto à direção do banco, é antecipar o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Além da antecipação do Programa Complementar de Remuneração (PCR) de 2011, para que os bancários possam honrar seus compromissos de início do ano. Outros bancos que divulgaram os seus resultados já fizeram isso.

 

Para obter o lucro de R$ 13,3 bilhões, muitos funcionários passaram pelos departamentos médicos, vítimas do adoecimento físico e mental a que as metas ocasionam. Muitos tiveram que deixar o convívio familiar para buscar atingir as metas mesmo fora do horário do expediente.

 

Por isso é importante falarmos em alto e em bom tom, que o lucro do banco não veio da direção do banco, mas do esforço coletivo de dezenas de milhares de bancários que conquistaram esse lucro a cada conversa com seus clientes, a cada telefonema, a cada venda de um produto do banco. E isso precisa ser reconhecido pelo banco.

 

Chega de somente impor metas. É necessário que o banco reconheça o valor dos seus funcionários criando um plano de cargos e salários, para que as verbas variáveis (PLR, PCR e outros tipos de programas de remuneração) sejam secundários na vida dos bancários. Atualmente a renda variável representa dois terços do que recebe um bancário.

 

Não é justo nem humano que continue sendo assim, metas em cima de metas. E o pior: quando há o adoecimento do bancário, aí o problema se transforma num problema social e é tercerizado para a previdência pública, mostrando o verdadeiro descaso com as pessoas na busca desenfreada pelo lucro. Isso não pode continuar acontecendo.

Márcio Kieller
Membro Titular da COE/Itaú

 

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