Dirigentes sindicais de diversas Federações e Sindicatos do país se reuniram no último dia 26, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para uma avaliação da Campanha Nacional dos Bancários 2010, com o objetivo de fazer uma leitura dos resultados financeiros do banco no primeiro semestre e retomar as discussões sobre as pautas especificas no HSBC.
Os representantes dos trabalhadores avaliaram como positiva a participação dos bancários durante a campanha salarial. Apesar de enfrentar dificuldades, como planos de contingência, acesso remoto, pressão para trabalhar em outros locais, descumprimento da jornada normal de trabalho e até pressão para entrar no banco de helicópteros, os bancários da rede privada estão a cada ano aderindo à greve de forma espontânea. “Esta atitude dos bancários e bancárias demonstra claramente a insatisfação generalizada com atual gestão de RH do banco, que não valoriza e não reconhece a grande massa dos trabalhadores. O que acontece foi uma grande adesão em resposta a forte pressão que os bancários estão sendo submetidos para cumprimento das metas abusivas”, analisa Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da COE HSBC.
Na ocasião, os dirigentes também ouviram a assessoria do Dieese, que trouxe informações referentes aos resultados do HSBC (com base no último balanço apresentado). Este ano, o banco tem provisionado para o primeiro semestre R$ 143 milhões, assegurando assim o cumprimento da reivindicação dos bancários. Ainda com base no balanço, os dirigentes sindicais efetuaram debate com relação a PDD, gastos da empresa com terceirização, receitas e despesas com pessoal, gastos com vigilância e segurança bancária, publicidade e propaganda, entre outros.
PPR – Com relação às negociações especificas, a COE HSBC, através da Contraf-CUT, exige que o banco não desconte nem compense os 15% antecipados por conta da Programa Próprio de Remuneração (PPR) 2010. “Vamos agora buscar imediatamente uma negociação com a direção do banco inglês para assegurar essa reivindicação dos trabalhadores”, adianta Miguel Pereira, diretor de Organização da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. Prioritariamente a COE deverá retomar também as negociações sobre a implantação de um Plano de Previdência Complementar e adesão a nova formulação sobre assédio moral, recém contratada na CCT 2010/2011.
Segundo o coordenador nacional da COE HSBC, o banco está devendo aos seus funcionários uma nova e importante conquista específica. “Entendemos que o atual formato, de passar as pautas de reivindicações dos trabalhadores por um comitê, está impedindo avanços nas negociações, temos críticas a este modelo e achamos importante que a atual diretora de RH do banco, Vera Saikali, participe das reuniões com a Comissão de Empregados e, mais do que isto, encaminhe e faça valer as reivindicações dos trabalhadores perante a direção do banco”, acrescenta Kanak.