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Coletivo do HSBC define mobilização

AUMENTO NOS LUCROS DO BANCO DEVE REFLETIR EM MELHOR REMUNERAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO MAIS DECENTES NAS AGÊNCIAS

Os dirigentes sindicais do coletivo estadual do HSBC se reuniram, nesta quarta-feira-, 10, no Espaço Cultural do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, para debater os impactos do processo de reestruturação anunciado pelo banco de cortar 30 mil empregos nas suas filiais do mundo inteiro.

O assunto já havia sido discutido em uma reunião realizada no último dia 3, em São Paulo, entre a Comissão de Organização de Empresa do HSBC da Contraf-CUT (COE HSBC) e a direção do banco. As informações deste encontro foram repassadas para os membros do coletivo estadual.

Na reunião do coletivo estadual ficou estabelecida uma forte mobilização dos dirigentes sindicais do Paraná para não permitir que as demissões cheguem às agências bancárias do estado. “O banco já vem demitindo diversos trabalhadores, mas vamos nos organizar e pressionar para que esta situação não se repita”, afirma Carlos Kanak, coordenador do coletivo estadual do HSBC.

A direção do banco nega que o HSBC esteja demitindo funcionários no Brasil. Mas, segundo as informações que chegam aos sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR, o banco tem sim demitido trabalhadores. “Na reunião que tivemos a direção do HSBC garantiu que haverá contratações no banco, mas isso não basta, temos que acabar com a rotatividade e com as péssimas condições de trabalho nas agências. Hoje, 50% dos afastamentos no HSBC são pedidos de desligamento por trabalhadores que não aguentam mais tanta pressão por metas”, critica Kanak.

Mobilização pela valorização dos trabalhadores — Outro debate importante discutido no coletivo estadual foi em relação a valorização dos trabalhadores bancários do HSBC e o emprego decente. No início do mês, o banco anunciou aumento nos lucros em todo o mundo no primeiro semestre deste ano. Além disso, aumentou a participação da filial brasileira no montante total de lucro do banco. “Esse crescimento nos resultados do HSBC tem que ser refletido na remuneração do trabalhador. É hora de nós cobrarmos da direção do banco um retorno na mesma medida dos lucros obtidos, principalmente através de uma PLR maior”, explica Kanak.

A cobrança pelo fim das metas e por melhores condições de trabalho foi outra resolução definida pela reunião do coletivo estadual do HSBC. O grupo também estabeleceu como tarefa para os dirigentes sindicais ampliar e qualificar o debate sobre o ponto eletrônico nas bases.

Foi aprovado também um indicativo para a realização de um encontro estadual dos dirigentes sindicais do HSBC nos dias 14,15 e 16 de setembro, em Curitiba.
Para o coordenador do coletivo estadual do HSBC, Carlos Kanak, a Campanha Salarial Unificada é o momento ideal para os bancários reagirem. “É hora dos trabalhadores bancários do HSBC mostrarem a sua insatisfação com as más condições de trabalho nas agências e dizer à direção que não aguentam mais esse tipo de tratamento, se mobilizando e participando da nossa Campanha Nacional”.

 

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