Apesar de ter anunciado anteriormente que pagaria os programas próprios de remuneração nesta sexta-feira, 26 de agosto, o HSBC demonstrou mais uma vez o pouco caso com seus funcionários e fará o pagamento junto com a Participação nos Lucros e Resultados, ao fim da campanha deste ano.
Para o secretário-geral da FETEC-CUT-PR e também funcionário do HSBC, Deonísio Schmidt, a decisão de não pagar os valores do PPR/PSV é irresponsável e demonstra um desrespeito a quem está na linha de frente do lucro do banco. Para Deonísio, o banco precisa rever urgentemente o programa próprio de remuneração variável. “A direção do HSBC precisa entender que o programa é um entrave à produção, pois a única promessa para quem produz é o emprego, e isso é muito ruim, não motiva e muito menos encanta. O banco precisa rever logo a PPR “A”, PPR “B”, o PSV e o desconto da PLR”, afirma.
Reportagem da Contraf-CUT:
HSBC desrespeita funcionários e muda data do pagamento do PPR/PSV
A falta de negociação entre os representantes dos bancários e o HSBC sobre os programas próprios de remuneração do banco causou mais um enorme transtorno para os bancários. O banco anunciou que não depositará os valores do PPR/PSV nesta sexta-feira (26), conforme havia informado anteriormente.
"O banco não pode mudar em cima da hora o que ele mesmo havia estabelecido antes. Há bancários que já gastaram por conta, uma vez que o valor a ser recebido podia ser acompanhado nos extratos do programa", lamenta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. "O banco precisa deixar de lado sua intransigência e passar a negociar com os representantes dos trabalhadores as regras dos programas de remuneração, como cobramos desde o início. Basta de modificações unilaterais feitas pela comissão indicada pela empresa", defende.
A empresa havia anunciado no início do ano que faria o pagamento no mês de agosto. No entanto, decidiu agora que só pagará o PPR/PSV junto com a Participação nos Lucros e Resultados, no final da campanha deste ano.
Como "solução" para o caso, o banco ofereceu uma linha específica de crédito aos empregados com cobrança de juros e IOF, no limite do valor que receberiam nesta sexta. "É uma ideia absurda. Por que o banco não encontrou outra solução, como adiantar os valores?", questiona Miguel. "Esse tipo de problema vai continuar enquanto o banco não passar a negociar os termos do PPR/PSV como movimento sindical", sustenta.