Os representantes dos trabalhadores e do HSBC estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 30 de maio, em Curitiba, para debater o processo de reestruturação que vem sendo implementado pelo banco e que está preocupando os funcionários. A reunião foi agendada após o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizar uma paralisação no Centro Administrativo HSBC Kennedy, no último dia 28. Participaram da conversa o dirigente Alan Patrício Menezes Silva, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, o presidente do Sindicato, Otávio Dias, o coordenador nacional da COE/HSBC, Carlos Alberto Kanak, e o representante eleito da SA 8000 do CA Kennedy, Orlando Narloch. Representando o banco, estiveram presentes as diretorias das áreas de Tecnologia da Informação, Recursos Humanos e Relações Sindicais.
A direção do HSBC informou que a reestruturação que está acontecendo em Curitiba, na área de Tecnologia da Informação, faz parte de um processo global de realinhamento e atualização tecnológica. Segundo o banco, com o aumento do número de plataformas, tornou-se necessário um maior investimento em equipamentos que irão facilitar e agilizar o atendimento de clientes. A diretoria também informou que essas mudanças serão acompanhadas de treinamento de capacitação para os bancários e de realocação de funcionários, que passarão apenas por troca de função, não acarretando em demissões em massa.
Os dirigentes sindicais lembraram à diretoria do banco que, até o momento, o HSBC tem adotado uma postura que prioriza a rotatividade de funcionários, a terceirização e a redução de postos de trabalho. O banco também tem se negado a dialogar abertamente com o movimento sindical, informando e esclarecendo as mudanças que afetam diretamente os trabalhadores. Diante do questionamento, os representantes da direção do HSBC se comprometeram a fazer valer a garantia de emprego dos funcionários das áreas reestruturadas.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região informa que, juntamente com a Contraf-CUT, irá acompanhar de perto o processo de reestruturação que vem sendo implementado no HSBC, de modo a garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. A entidade solicita também que os funcionários mantenham contato com os dirigentes sindicais de base, para fortalecer a união da categoria. “Embora o HSBC negue que a reestruturação irá acarretar em demissões, precisamos ficar atentos ao processo e nos mobilizar para que o banco não substitua bancários por mão-de-obra terceirizada”, conclui Carlos Alberto Kanak.
Rede de agências – Está agendada para o dia 04 de junho, às 14 horas, uma reunião nacional de negociação entre representantes do HSBC e dos bancários, sobre garantia de emprego, PPR/PLR e previdência complementar. Já no dia 11 de junho, acontece uma outra reunião, de esclarecimento, para debater os reflexos dos novos equipamentos e sistemas tecnológicos que estão sendo implantados na rede de agências. “Nossa grande preocupação é com relação ao emprego dos funcionários do HSBC”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindicato.