Os bancários paralisaram na quinta-feira (12) a agência do Itaú em Campo Mourão, no interior do Paraná, em protesto contra as demissões, o assédio moral e as metas abusivas. O banco deixa claro sua estratégia de diminuir seus custos sacrificando o emprego e aumentando as tarifas com prestação de serviços. Está cada dia mais explicito a falta de condições de trabalho, o assédio moral, a pressão abusiva para venda de produtos e metas inatingíveis, causando adoecimento dos bancários.
"O Sindicato tem que ir além, quando se trata de proteção do emprego digno, de qualidade, onde as pessoas não adoeçam, não morram, enfim, lutamos por um emprego decente", afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão, Nivalda Sguissardi Roy.
O Itaú é campeão de demissões, de lucro e de remuneração milionária aos altos executivos (cada diretor do banco ganhou em média em 2012 R$ 9,05 milhões). De março de 2011 até setembro de 2013, o banco demitiu mais de 16.500 funcionários (até setembro deste ano houve corte de 2.883 empregos).
Já o lucro até setembro cresceu 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, R$ 11,156 bilhões nos primeiros 9 meses. Este ano, as tarifas no Itaú subiram 15,8% em comparação ao mesmo período do ano passado e só com esta receita o banco cobre 155,8% do total de suas despesas com pessoal, e mesmo assim demite.
Está na hora de o Itaú passar a oferecer contrapartidas para os trabalhadores e a sociedade, como fim das demissões e da política de rotatividade; mais contratações, bem como atendimento de qualidade para os clientes, com mais credito e redução de tarifas.