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Bancários do Santander protestam contra terceirização

Sindicatos de todo o País realizam manifestações nas portas e imediações de agências e unidades administrativas do banco Santander nesta terça-feira, 30 de novembro, contra a prática de terceirizações promovidas pelo banco, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio grupo econômico. Na capital paranaense, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e região visitou várias agências para dialogar e mobilizar os trabalhadores. 

“A gestão é do Santander, o lucro é do Santander, as empresas pertencem ao Santander, mas os trabalhadores não têm os mesmos direitos e salários que os bancários”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. “O banco ignora o desejo desses trabalhadores, que querem permanecer como bancários e ignora o pedido de negociação do movimento sindical. Queremos negociar e resolver esse conflito. Caso o banco permaneça inerte os protestos vão aumentar!”, completou Lucimara antes de pedir: “Negocia Santander!” 

A representação dos trabalhadores encaminhou uma carta ao Santander expondo a situação e, mais uma vez, solicitando negociação. O banco protela a resposta.

#SomosBancários
“Com a criação de empresas e a realocação de bancários para trabalhar nestas empresas o Santander promove uma clara interferência na organização sindical dos trabalhadores”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia ao destacar que a categoria bancária é organizada nacionalmente e, por isso, tem força para lutar pelos direitos e por novas reivindicações dos trabalhadores. “O banco busca enfraquecer a organização dos trabalhadores. E, com a realocação dos bancários nestas empresas, aumenta ainda mais seus lucros e o poder de negociação dos trabalhadores, que perdem em organização, representação e força”, completou o dirigente da Contraf-CUT.

Apesar de obter lucros astronômicos e sempre crescentes no Brasil, mesmo em período de pandemia, o Santander não reduz seu ímpeto na cobrança de metas e redução de direitos e remuneração dos trabalhadores, na busca de aumentar ainda mais seus lucros. A prática atual é a criação de empresas para realocar seus funcionários das áreas de tecnologia da informação, call center e comercial. “Os trabalhadores continuam realizando as mesmas tarefas, mas são registrados nestas outras empresas criadas pelo banco, com o objetivo de reduzir salários e deixar de pagar direitos, conquistados pela categoria bancária. Para isso, eles interferem diretamente na organização dos trabalhadores”, disse Mario Raia.

Em vídeo, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressaltou que o Dia Nacional de Luta é realizado devido às terceirizações realizadas pelo Santander de forma fraudulenta. “O banco pega os trabalhadores de áreas com TI e outras áreas importantes e os realoca em empresas que tem outra representação sindical, tirando deles o direito à Convenção Coletiva de Trabalho, do ticket refeição e alimentação, toda proteção que tem na convenção coletiva, PLR na convenção coletiva e, mais importante, tirando deles a representação do sindicato dos bancários, que são fortes e organizados no Comando Nacional dos Bancários, articulados para defender a categoria em todo o país”, disse (veja abaixo o vídeo na íntegra).

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