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Sindicato subscreve moção pela reabertura da Casa de Passagem Indígena de Curitiba

Já faz quase uma semana que cerca de 20 mulheres e 10 crianças indígenas da etnia Kaigang estão vivendo nas ruas de Curitiba porque foram surpreendidas com o fechamento da Casa de Passagem Indígena da capital. É recorrente que as mulheres e crianças indígenas migrem no mês de dezembro para Curitiba, para a venda de artesanatos na época de Natal. O grupo de mulheres e crianças, que está desabrigada na Rua XV de Novembro, é originário da Terra Indígena Rio das Cobras, em Novas Laranjeiras

No sábado (11), a vereadora Carol Dartora (PT) encaminhou ofício às defensorias públicas do Estado e da União solicitando atuação no caso. Representantes do Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Estado do Paraná (Coped) e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) estão atuando junto à prefeitura de Curitiba e ao governo do Estado para intermediar uma solução.

Diversas entidades da sociedade civil e dos movimentos sociais subscrevem uma Moção de Solidariedade e Repúdio, cobrando a reabertura da Casa de Passagem Indígena de Curitiba para acolhimento dessas mulheres e crianças que estão em situação de desalento. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região subscreve e apoia essas diversas ações em prol das mulheres e crianças indígenas. Confira a íntegra da moção:

Moção de Repúdio e Solidariedade!

Os povos originários de nosso país, continuam a viver o genocídio e o abandono por parte do Estado brasileiro. Na atualidade as mulheres e as crianças da tribo Kaingang que estão em Curitiba para venda de seus artesanatos estão dormindo pelas ruas da cidade porque a Casa de Passagem Indígena (CAPAI), criada em 2015 como conquista dessa população encontra-se fechada. Mas a prefeitura municipal lava as mãos e nada faz. A casa de passagem que deveria proporcionar o mínimo de dignidade a uma população migrante por força cultural e por necessidade de sobrevivência de venda de seus produtos artesanais, sofre o descaso das três esferas governamentais.

Desde julho de 2021 o Ministério Público do Paraná (MPPR) expediu recomendação administrativa ao Município de Curitiba e à Fundação de Ação Social para que fosse providenciado imediatamente um imóvel adequado para realocação e reativação dos serviços da Casa, de modo a garantir o devido acolhimento aos indígenas que estivessem na capital, no entanto a resposta da prefeitura tem sido do abandono e do descaso.
Sabemos que soluções para o problema não faltam, o que falta é boa vontade e diálogo, dar um basta à intolerância racial contra indígenas, que são vistos como cidadãs/ãos de segunda categoria!!

É inadmissível que um Estado rico, como o Paraná, que um município rico, como Curitiba, se neguem a sentar e resolver essa questão emergencial!!
É inadmissível que ambos, Estado do Paraná e município de Curitiba, não repudiem a negligência do Governo Federal, guardião, por força Constitucional, através da FUNAI, dos direitos dos povos originários.
Condenamos essa ação higienista da prefeitura de Curitiba com a população mais vulnerável e exigimos o respeito aos direitos humanos do povo Kaigangs e nos solidarizamos com os mesmos.

Pela reabertura da Casa de Passagem!

Pela Dignidade dos Povos indígenas!

Pelos Direitos Humanos dos povos originários!

Assinam:

Frente Feminista de Curitiba

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região

União Brasileira de Mulheres (UBM/PR)

SINDIJUSPR

Coletivo Feminista Coritibano

Resistência Alviverde

Somos Democracia PR

Secretaria Estadual LGBT do PT

Associação Maringaense LGBT

Federação de Mulheres do PR

MoANE – Movimento de Alternativas para uma Nova Educação

APP Sindicato

Mandato Vereadora Maria Letícia Fagundes

Mulheres de Atitude de Palmeira

UNEGRO-PR

UNALGBT-PR

CTB-PR

Secretaria Estadual de Mulheres do PT

Rede Mulheres Negras PR

Mandato Vereadora Professora Josete

Liga Brasileira de Lésbicas

Consulta Popular

Rede Feminista de Saúde PR

Marcha Mundial das Mulheres

Mandato do vereador Renato Freitas

Secretaria Estadual de Direitos Humanos PT- PR

Resistência Atleticana Antifascista

Setorial de Assuntos Indígenas PT-PR

Rnp+CURITIBA

SINDSaúde PR

SINDUTF-PR

ANDES-SN

Frente Patriótica Luiz Carlos Prestes

Mandato Indígena de Curitiba

SISMMAC – Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba

MNPR – PR Feminino

Movimento Popular por Moradia

Sindarspen – Sindicato dos Policiais Penais do Paraná

Bancada Alviceleste – Londrina EC

Gralha Marx – Paraná Clube

SINDEDUC/Pinhais

Democracia Paranista

PDT diversidades

Coletiva Antimanicomial do Paraná – CLAP

Coletivo de Mulheres do Senge-PR

Coletivo Atleticanhotxs

Coletivo de Mulheres Bancárias da Fetec

CUT – PR

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST PR

MNLM – Movimento Nacional de Luta Pela Moradia

ASSEMPA-PR

Instituto Casa da Resistência

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