Luta por mais saúde inclui o fim do assédio moral organizacional e melhores condições de trabalho.
Como parte de sua ação permanente de fiscalização das condições de trabalho e das práticas de gestão dos bancos, que afetam diretamente a saúde e a vida da categoria, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região vem acompanhando e denunciando a situação dos funcionários do Bradesco, que estão submetidos diariamente a cobranças excessivas pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo banco e assédio moral organizacional.
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“Temos observado e recebido relatos de excesso de reuniões e cobranças, acompanhamento diário e, inclusive, ameaças de demissão. Somam-se a isso a falta de funcionários, o fechamento de agências e até mesmo o movimento de desrentabilização das agências, devido à transferência das contas para o digital”, resume Karla Huning, secretária de Finanças do Sindicato. “Alguns gestores, com aspirações individuais de crescimento no banco, também extrapolam os limites do bom senso, contribuindo para que o ambiente de trabalho não seja saudável”, acrescenta.
“Diante disso, é urgente que o banco pare de olhar e tratar o assédio como algo interpartes e comece a rever suas políticas de gestão. São estas políticas que impõem uma forma de trabalho que adoece as pessoas”, destaca a secretária geral do Sindicato, Cristiane Zacarias. “Pois esse conjunto de fatores gera nos bancários uma instabilidade e um temor constante, que acabam se transformando em adoecimento. Já constatamos um alto índice de pessoas usando medicação controlada no Bradesco”, completa Karla Huning.
Programa de Desempenho Extraordinário
Além das metas abusivas e das cobranças excessivas, os bancários do Bradesco também estão descontentes com o Programa de Desempenho Extraordinário (PDE). “O banco criou uma expectativa inicial nos trabalhadores. Porém, a falta de transparência nas regras e a limitação de pessoas elegíveis acaba transformando o PDE em mais uma ferramenta de cobrança de produtividade. O que deveria ser um incentivo se tornou mais uma engrenagem do assédio moral organizacional”, explica Karla Huning.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região