Metas inalcançáveis, pressão constante e mudanças nas formas de ascensão na carreira impactam a saúde dos trabalhadores.
Recentemente, o Banrisul apresentou aos bancários um novo Plano de Cargos, Funções e Salários (PCFS). Construído de forma unilateral, sem a participação dos representantes dos trabalhadores, o plano tem regras não muito claras e subjetivas de ascensão e promoção, com a substituição da ‘gratificação fixa’ por uma nova verba chamada ‘gratificação de função’. Além disso, o PCFS acaba com as promoções por antiguidade, uma garantia de crescimento para todos os empregados.
“Assim, todas as promoções ficam condicionadas a critérios subjetivos de avaliação que o plano não indica como serão realizadas. O PCFS condiciona as promoções ao mérito, única forma de crescer na carreira, ao atingimento de uma pontuação determinada que será obtida por avaliações de competências e também por atingimento de metas”, explica o assessor jurídico do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Antônio Vicente Martins.
“Além disso, o plano não indica quais são as competências e como serão feitas as avaliações e pontuação. Da mesma forma, não aponta quais são as metas, quem as determina ou como serão medidas. Pior, o PCFS prevê que as competências e as metas, bem como sua forma de avaliação, poderão ser revistas anualmente de forma unilateral pelo Banrisul. Isto quer dizer que se um determinado critério, definido pela gestão do banco, começar a ser atingido, poderá ser alterado dificultando o seu atingimento”, detalha o advogado.
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Perguntas e respostas sobre o novo PCFS do Banrisul
“Com a mudança, a evolução salarial passará a ser balizada pelos resultados comerciais, que terão maior peso para determinar se o funcionário estará dentre os que irão progredir na carreira ou não”, avalia a secretária Geral do Sindicato, Cristiane Zacarias. “Diante disso, certamente a pressão por produtividade e resultados será ainda maior do que já existe atualmente”, completa.
Metas irreais
Para além do novo PCFS, os bancários do Banrisul relatam que o banco vem propondo metas muito além da realidade econômica, semestre após semestre. As propostas de crescimento e, portanto, de atingimento de metas vêm sendo extremamente agressivas e praticamente inalcançáveis. “Mesmo com metas irreais, há uma grande pressão sobre os trabalhadores para seu cumprimento, principalmente por parte da Superintendência”, afirma Cristiane Zacarias. “Esse cenário cria um ambiente de trabalho não saudável, que impacta diretamente em perdas na saúde da categoria”, conclui.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região