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No dia 06 de julho de 2023, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região completou 91 anos de existência, lutando em defesa dos direitos da categoria e de toda a classe trabalhadora. Para comemorar a data, a entidade realizou um concurso cultural para todos os sindicalizados e sindicalizadas. Confira abaixo o nome e o relato da vencedora do concurso:
Regina Maria Miranda (Banco do Brasil)
Os últimos anos foram difíceis. Para alguns mais que para outros, mas todos vivemos desafios. A saúde física e mental ficou abalada com a pandemia e com um governo que acirrou diferenças, promoveu ódio e precarizou ainda mais a vida do trabalhador. Aliado a isso, para muitos de nós, o luto. Tudo isso em um espaço de tempo muito curto. Parecia estarmos vivendo um pesadelo. Para mim, especificamente, uma grande perda familiar, com a dor acentuada por ter sido resultado de violência extrema de gênero. E ver e ouvir um líder de estado tripudiando das mulheres, sistemicamente atacando o gênero feminino, menosprezando a dor e relativizando os problemas vindos da misoginia que ele mesmo promovia diariamente, revitimizando mulheres em discursos absurdos, me trouxe uma revolta sem precedentes. Gritava dentro de mim a necessidade de acabar com aquele pesadelo. Mas como alcançar um objetivo tão difícil, tão importante e crucial, não apenas para mim como para um país inteiro? Frequentemente me perguntava o que eu poderia fazer além de focar minha vida em pequenas vitórias, como a vacina, a redução no número de mortes por COVID, pequenas conquistas para a proteção das mulheres, e minha vida pessoal com família e amigos, esperando que surgisse uma oportunidade de esse pesadelo ter um fim. Em meio a tudo isso, a nova realidade de trabalho, remoto. Os desafios diários de viver uma modalidade totalmente nova, em que as relações foram alteradas e a comunicação com os colegas passou a ser totalmente diferente. Como desabafar com os colegas e saber se os anseios deles eram os mesmos que os meus? Como me encontrar em meio à tempestade e buscar um meio de sair do caos, quando nessas situações, a força que se consegue juntos é a única forma de buscar um futuro melhor? As redes sociais foram decisivas nesse cenário. Tanto para saber como pensavam as demais pessoas ao meu redor, quanto para comunicar a urgência de se fazer algo a respeito de tudo: saúde pública e sanitária, saúde mental, segurança e esperança de um futuro digno para minha filha. Para além dos cuidados com uso de máscara, vacina e isolamento social, acompanhamento psicoterapêutico, crescia a necessidade de agir. E, nesses casos, não se age só. Foi aí que entrou o Sindicato dos Bancários. Atuando como delegada sindical desde 2020, fui pra rua junto com o sindicato, para externar o grito há muito preso na garganta. Um basta! Lembro-me bem que o sentimento foi de retorno. De voltar a poder manifestar na rua o que a classe trabalhadora quer e precisa. O que as famílias brasileiras realmente precisam: uma esperança de futuro melhor; alguém que tenha intenção de promover melhores condições de vida, de saúde (inclusive mental), de relacionamento entre as pessoas, todas as pessoas. Esse sentimento de esperançar um futuro, de unirmo-nos em função de um objetivo em comum, de realmente poder voltar a imaginar dias melhores foi o que me acompanhou. Porque por mais que possamos lançar mão de recursos subjetivos para lidar com problemas e manter a saúde mental equilibrada, vivemos inseridos na sociedade e é impossível impedir que ela nos afete de algum modo. Somos seres sociais e é no convívio que nos entendemos como seres plenos, que formamos nossa identidade e que organizamos nossa psique. Foi em meio a tudo isso que fui para a ação organizada pelo sindicato, no centro da cidade de Curitiba. Olhar nos olhos das pessoas, de colegas ao meu lado, lutando pelos mesmos ideais, tentando emergir de volta daquele pesadelo tornou o ar mais leve e o futuro menos sombrio. Naquele momento, isso era apenas uma esperança, parecia mesmo um sonho, às vezes. E como dizem os poetas sonhadores, Quixote e Raul, “ sonhar sozinho é apenas um sonho, sonhar juntos é o começo da realidade”. Isto é o que o sindicato promove, a transformação de sonhos em ações que possam, de fato, torná-los realidade. Essa ação, vivida junto com o sindicato, foi um divisor de águas: lembro desse dia como o marco do início de uma volta por cima que, embora tenha sido apenas um passo de tantos que ainda temos pela frente, foi o primeiro. Como uma criança que engatinhava e, naquele momento, começou a andar.
O Sindicato entrará em contato com a bancária para combinar a retirada do prêmio.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região