O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região tem recebido diversas denúncias de funcionários do Itaú sobre o excesso de cobranças desmedidas pelo cumprimento de metas por parte de alguns gestores do banco. Os relatos enviados pelos trabalhadores são de cobranças muito duras, que geram medo, desmotivação e adoecimento. “As pessoas nos contam que saem das reuniões chorando. Isso não é admissível!”, afirma a secretária de Assuntos Jurídicos, Ana Fideli.
Os bancários também denunciam o controle rigoroso e permanente de gestores que exigem respostas imediatas em e-mails de cobranças diários e semanais, mesmo o banco já mantendo uma ferramenta de acompanhamento da produção. Outra reclamação constante é sobre as comparações entre regiões, agências e carteiras. “Segundo os bancários, os termos utilizados nas conversas e reuniões são sempre para expor e diminuir. Além disso, há ameaças veladas de demissões e transferência para locais distantes para quem não cumpre as metas”, acrescenta a dirigente sindical.
Por fim, além de tudo isso, os trabalhadores têm reclamado da necessidade constante de uso do celular pessoal para o trabalho. “Se alguém for para o treinamento e não tiver celular e internet, eles mandam voltar para agência. E a agência não tem mais telefone, então, usamos nosso celular particular para tudo: vender, cobrar, tirar dúvidas dos clientes…”, relata uma denúncia anônima recebida pela entidade sindical.
O Sindicato já está em contato com a Superintendência de Curitiba para marcar uma reunião e discutir as denúncias recebidas. Porém, até o momento, o Itaú não deu retorno. “As denúncias dos trabalhadores são inúmeras, por isso, precisamos, com urgência, de um retorno da Superintendência. Não é aceitável que a direção local do Itaú não nos atenda e nós tenhamos que recorrer ao Relações Sindicais”, afirma a representante do Paraná nas negociações, Vandira Martins de Oliveira.
Menos metas, Mais saúde
Desde abril, o Sindicato vem promovendo a campanha Menos metas, Mais saúde, para denunciar o assédio e a pressão realizada pelos bancos na cobrança abusiva pelo cumprimento de metas e os prejuízos que esta prática causa nos trabalhadores da categoria. “Estamos reivindicando novamente que as metas e as formas de cobranças do seu cumprimento sejam estabelecidas com a participação dos trabalhadores que terão que cumpri-las, justamente para mudar esse cenário e prevenir o adoecimento”, afirma a secretária de Saúde, Patrícia Carbornal.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região