A negligência do Banco do Brasil em não resolver uma séria questão sobre um gerente que comete assédio moral contra os trabalhadores do banco em Toledo, oeste do Paraná, obrigou tanto a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) quanto o Sindicato dos Bancários, Financiários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Toledo e Região (Sintrafi) e outros nove sindicatos da base da Federação a intervirem novamente em favor dos funcionários da agência em que o assediador está como gestor. Por conta disso, o movimento sindical retornou à agência nesta quarta-feira, 13 de dezembro, a fim de que o BB tome alguma medida que resolva definitivamente a situação.
Para o presidente da Fetec, Deonisío Schmidt, esta inércia do BB está sendo prejudicial para as trabalhadoras e trabalhadores do banco. “Ao não resolver este problema, o BB assume a responsabilidade dos danos causados à saúde das bancárias e bancários desta agência, que estão adoecendo por conta do assédio cometido pelo gestor, e ainda contribui para que a impunidade se perpetue, pois os assediadores se sentirão livres para cometer abusos sem que sejam punidos”, explica. Deonísio reforça que o banco deve resolver o quanto antes esta situação. “Não podemos mais aceitar que isso se prolongue. Está nas mãos do Banco do Brasil dar um basta nisso e precisa ser de forma rápida”, salienta.
O presidente do Sintrafi, Fernando Augusto Comassetto Neto afirma que as bancárias e bancários não devem se calar diante de uma situação de assédio. “ É preciso coibir este tipo de profissional. Assédio moral é coisa séria. Se o seu gestor comete sucessivos abusos, entre em contato com o sindicato de sua região e faça a denúncia. Continuaremos acompanhando de perto esse caso, esperamos que a direção do Banco do Brasil mude sua postura e não mais permita que gestores assediadores fiquem impunes”, encerra.
Histórico
O gerente, que não teve o nome revelado, possui um longo histórico de cometer assédio moral contra as funcionárias e funcionários do BB. Nas outras cidades em que trabalhou, deixou um “legado” de abusos. O Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e Região já havia acionado o Ministério Público por conta dos assédios cometidos pelo referido gestor, seguido agora também pelo Sindicato dos Bancários de Toledo e Região que buscou ajuda do MP.
Autor: Flávio Augusto Laginski | Fonte: Fetec-CUT-PR