No ano passado todo, taxa ficou em 7,8%, a menor média desde 2014; dados foram divulgados nesta quarta (31), pelo IBGE.
O desemprego caiu para 7,4% no quarto trimestre de 2023. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 31 de janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média anual de 2023 ficou em 7,8%, a menor desde 2014. A redução na taxa de desocupação foi de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, entre julho e setembro, quando estava em 7,7%; e de 0,5 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022, quando era de 7,9%.
Com os resultados desse trimestre, a população ocupada cresceu 1,1% e alcançou 101 milhões de pessoas, maior da série histórica iniciada em 2012. O número absoluto de desocupados atingiu 8,1 milhões de pessoas, o menor contingente desde o primeiro trimestre de 2015. O nível da ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – foi estimado em 57,6%, que representa uma alta de 0,5 p.p. no trimestre. Já em relação ao mesmo trimestre de 2022, a alta é de 0,4 p.p. A força de trabalho (soma de ocupados e desocupados) cresceu 0,8% no último trimestre de 2023, e foi estimada em 109,1 milhões de pessoas. No mesmo período, a população fora da força de trabalho ficou em 66,3 milhões – uma redução de 0,8%.
A Pnad Contínua também estima o número de desalentados (sem ânimo para procurar ocupação) em 3,5 milhões, de empregados com carteira assinada em 37,9 milhões, de empregados sem carteira assinada em 13,5 milhões, de trabalhadores por conta própria em 25,6 milhões, de trabalhadores domésticos em 6 milhões e de trabalhadores informais em 39,5 milhões.
Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, “os números do IBGE são importantes, porque mostram que o Brasil está retomando o rumo certo, pois o crescimento do emprego é um dos primeiros passos para a melhora do quadro social”. No entanto, como observa Walcir, “ainda há muita luta pela frente, pois a economia tem que crescer mais, e de forma sustentável, para que muitos novos postos de trabalho sejam criados para acomodar a massa de desempregados que ainda há no país”. O dirigente ressalta também que “é necessário que os empregos sejam de qualidade e promovam renda suficiente para uma vida digna para o trabalhador e sua família”.
Fonte: Contraf-CUT