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Economista retrata contexto para a Campanha Nacional 2024

A primeira mesa de debate da 26ª Conferência Estadual das Bancárias e Bancários do Paraná, realizada na manhã deste sábado, 04 de maio, abordou os temas Emprego, Tecnologia, Remuneração e Ramo Financeiro, com apresentação do economista Gustavo Machado Cavarzan, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o palestrante, seu objetivo foi desenhar o contexto em que irá se desenrolar a Campanha Nacional dos Bancários 2024, a partir de um recorte das tendências do setor financeiro brasileiro no pós-pandemia.

🔴 Confira a apresentação realizada pelo Dieese

O que aconteceu na economia brasileira durante a pandemia?

Cavarzan iniciou lembrando que, a partir de 2020, houve uma mudança de atuação do Sistema Financeiro, que já vinha acontecendo, mas foi acelerada pela pandemia da Covid-19 e pelo cenário mundial, marcado por conflitos étnicos. “A pandemia foi uma situação inédita, com impacto imediato na taxa de desemprego, que chegou a 15% no Brasil, com muitos trabalhadores jogados para fora do mercado de trabalho. Além disso, houve um aumento da inflação, especialmente nos itens de alimentação e transporte. O resultado foi a renda real do trabalho chegando ao menor patamar da série histórica”, apontou.

Junto disso, somaram-se os dois anos de Governo Temer e os quatro anos de Governo Bolsonaro, que foram marcados pela estagnação do salário-mínimo e da renda da população brasileira. Estagnação que impactou também as negociações salariais das diversas categorias. “Desemprego alto, população fora do mercado, trabalho precarizado, inflação elevada, salário-mínimo congelado… A soma de tudo isso fez com que o trabalho tivesse a menor participação no PIB nos últimos 20 anos”, destacou.

Como o setor financeiro atuou nesse cenário?

Segundo o economista, nessa conjuntura de extrema dificuldade, os bancos tiveram uma atuação particular. Se, no primeiro momento, o impulso esteve no crédito direcionado a pessoas jurídicas (PJ), no momento seguinte, ganhou força o crédito livre para pessoas físicas (PF). “O setor financeiro se posicionou vendo uma oportunidade de ofertar as linhas de crédito mais caras do mercado, como o cartão de crédito”, exemplificou.

Por outro lado, com a inflação alta, o Banco Central deu início ao aumento da Selic. A taxa de juros foi multiplicada por 7 em pouco tempo, o que refletiu na taxa de juros cobrada pelos bancos, que também aumentou. “Tudo isso criou uma economia de pessoas endividadas. O endividamento da população se deu de uma maneira muito precária, não para adquirir bens, mas apenas para fazer frentes a suas contas”, afirmou Gustavo.

Assim, o aumento do endividamento se traduziu em redução ainda maior da renda disponível. “As taxas de inadimplência subiram, afetando os resultados e as estratégias dos bancos. No decorrer da pandemia, as despesas de PDD dos cinco maiores bancos cresceram 31% acima da inflação e o lucro caiu 17% em termos reais”, exemplificou o economista.

Como a estratégia dos bancos afetou o emprego?

Conforme apresentou Cavarzan, diante desse cenário que se desenrolou a partir da pandemia, que reduziu a rentabilidade e lucratividade dos bancos, as instituições financeiras precisaram dar uma reposta aos acionistas. “E os bancos começaram a intensificar as diversas mudanças tecnológicas que já vinham implementando, com ampliação do investimento em tecnologia e redução dos custos com estrutura e pessoal”, informou.

“Tal reestruturação se traduziu em redução e externalização do atendimento físico, com fechamento de agências e postos de trabalho internos, ao mesmo tempo que se ampliaram as estruturas externas de atendimento, como correspondentes bancários, bancos digitais ou fintechs. Em última análise, o processo tem se traduzido em redução do emprego bancário, fragmentação do emprego no Ramo Financeiro e queda na taxa de sindicalização”, concluiu.

Perspectivas para a campanha salarial

Apesar disso, o economista concluiu sua fala apontando perspectivas de melhora no cenário de inadimplência do país e, portanto, no resultado dos bancos, além da aceleração no crescimento do crédito. Cavarzan ainda informou que o INPC da data-base da categoria bancária projetado está em 3,5% e que 86,1% das negociações realizadas entre janeiro e março de 2024, finalizaram com ganho real e o ganho real médio foi de 1,75%.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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