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Cassi lança programa inédito voltado à população LGBTQIA+

O Banco do Brasil anunciou a criação de um núcleo de atenção à saúde da população LGBTQIA+ dentro da Cassi, a Caixa de Assistência de Saúde dos funcionários do BB. O programa de saúde voltado aos trabalhadores LGBTs atende especialmente pessoas trans, com atendimento em saúde direcionado às pessoas em processo de transição de gênero.

O núcleo de atenção à saúde para pessoas LGBTQIA+ atende a pautas dos funcionários entregues ao BB e à Cassi. “A partir de agora, vamos acompanhar a implementação da proposta, para que o atendimento se inicie o mais breve possível”, destacou Fernanda Lopes, conselheira da Cassi e coordenadora nacional da Comissão de Empregados do Banco do Brasil (CEBB).

Iniciativa começou com demanda no Paraná

A gerente de Risco Populacional da Cassi, Ana Lucia Gurgel, contou durante o 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil que o projeto começou a ser desenvolvido a partir da busca por resposta à necessidade de uma usuária da Cassi, do Paraná, que está vivendo o processo de transição de gênero. “Com isso, começamos a pensar caminhos. Montamos um Grupo de Trabalho no Paraná, ampliado para a gerência de saúde. Em janeiro deste ano, fizemos um conselho consultivo acadêmico e, em maio, um conselho consultivo social, que nos ajudou a ter um panorama geral para soluções de saúde para esses usuários e usuárias da Cassi”, contou.

Representantes do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) estiveram reunidas em Brasília, no dia 15 de junho de 2023, com representantes da Cassi, para entregar dois pedidos dos trabalhadores: melhorias no atendimento de autistas e cobertura do processo transexualizador.

As entidades sindicais alertaram a Cassi sobre a necessidade de apoio e de atendimento especializado no processo de transição de gênero, com cobertura da terapia hormonal, das cirurgias de transgenitalização e de readequação sexual e de todos os demais procedimentos envolvidos. Para sensibilizar sobre o tema, as dirigentes sindicais entregaram uma carta de uma funcionária transexual (acesse aqui a íntegra), compartilhando sua jornada de transição de gênero.

“Foi um ano de diálogo e estudo, para esse núcleo sair do papel. Como estou em processo de transição, senti na pele a ausência do apoio da Cassi no meu processo, que fui desassistida. Por este motivo, iniciei o movimento e provoquei o assunto junto à Diretoria da Cassi, com o apoio e intervenção do Sindicato, que foi minha rede de apoio nas horas mais difíceis. Espero que as pessoas trans que vierem após minha situação, possam ter assistência, atenção e acolhimento pela Cassi”, relata Éricka Gabriely Rayane Dias, funcionária do BB que está passando pela transição de gênero e que em 2024 passa a compor a direção geral do Sindicato de Curitiba e região.

Para ela, o núcleo irá trazer muitos benefícios à população LGBTQIA+, especialmente Trans, como inclusão e cuidados com a saúde metal (ansiedade, depressão, medo); evitar sequelas e mortes, porque o uso de produtos não homologados e de cirurgia por médicos despreparados causam muitas sequelas indesejáveis e até morte; acolhimento social e familiar, porque se trabalha junto o processo com os pais de adolescentes; passabilidade na vida adulta, que é quando alguém, normalmente uma pessoa transgênero, é percebida como cisgênero em vez do sexo que lhe foi atribuído no nascimento. “Quando se começa o processo de transição cedo e no tempo certo, as pessoas são mais felizes e têm grau de passabilidade maior e com menos rejeição social. Isso afeta o emocional e a estrutura corpórea de forma positiva, diferente de mim, que comecei a transição tardia, a estrutura corporal tem que ser modificada de forma mais intensa, afetando a passabilidade”, explica Éricka. Ela também avalia que a medida traz benefícios para a Cassi na assistência à saúde, como por exemplo menor custo para o plano, porque quando feito de forma correta e com acompanhamento os resultados são melhores, as sequelas praticamente não existem, a passabilidade é maior, ocasionando menos cirurgias para correções. “Enfim, todos saem ganhando”, defende.

“Transição de gênero não é estética e cada pessoa tem suas disforias, não é padrão e cada individuo é único. A correção de disforia traz qualidade de vida para a paciente trans, isso é comprovado cientificamente. Adequar o corpo, voz, face, genitálias ao gênero que se identifica não é estética e sim adequação do corpo à mente. É muito importante que o núcleo de atendimento e atenção à saúde de pessoas LGBT da Cassi vá além do atendimento primário multidisciplinar e contemple cirurgias de correção de disforia”, defende Éricka.

Atualmente, o programa na Cassi está na fase de capacitação técnica e formação de equipes pelo Brasil, além de um mapeamento de rede de atendimento. “A ideia central é avançar nessa sensibilização entre nossos profissionais de saúde, buscar e credenciar serviços para ampliar e aprofundar o atendimento às pessoas LGBTQIA+”, concluiu Ana Gurgel.

“Com a implementação do Núcleo, as pessoas beneficiadas são funcionários, filhos e filhas de funcionárias, e isso reflete na sociedade como um todo, porque de forma indireta serve de exemplo para planos de saúde, em que pese a Cassi ser uma caixa de assistência, serve de exemplo para outra caixas de assistência, é um marco de mudança, inclusão e respeito ao ser humano”, conclui Éricka.

Núcleo de saúde para a população LGBTQIA+ e LGBTQIA+ Cidadania

O Núcleo de saúde para a população LGBTQIA+ é um projeto anunciado pelo Banco do Brasil no final de maio, quando também foi efetivado o lançamento conjunto com a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, do Governo Federal, do projeto “LGBTQIA+ Cidadania”, para reunir ações estratégicas e prioritárias no enfrentamento às desigualdades que afetam a este público.

O tema é parte da minuta específica de reivindicações dos funcionários do Banco do Brasil e compõe debates da mesa Igualdade de Oportunidade nas reuniões entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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