Trabalhadores do Ramo Financeiro estão intensificando mobilização nesta semana para pressionar instituições financeiras nas mesas de negociação da Campanha Nacional 2024.
Nesta segunda-feira, 26 de agosto, as agências bancárias da região central de Curitiba do Bradesco (Palácio Avenida, Marechal Deodoro, João Negrão e Comendador Araújo), do Santander (Emiliano Perneta e Comendador Araújo), e do Itaú (João Negrão, Carlos Gomes, Comendador Araújo, Personnalité da Marechal Deodoro e XV de Novembro), e a financeira Credipar, da João Bettega, na região do Portão, amanheceram com as atividades paralisadas.
Com o apoio e organização do Sindicato, os bancários e financiários exigem respeito das instituições financeiras durante as mesas de negociação da campanha salarial, pois até o momento, em resposta às reivindicações dos trabalhadores, os representantes da Fenaban (bancos) e da Acrefi (financeiras) propõem retirada de direitos das convenções coletivas de ambas as categorias e oferecem nas cláusulas econômicas reajustes abaixo da inflação.
“O Sindicato participa hoje de mais uma atividade nacional de paralisação nas agências na Campanha Nacional dos Bancários. Nós não recebemos ainda uma resposta, uma proposta global. Poucos bancos se posicionaram em relação ao nosso pedido de remuneração com ganho real. A proposta apresentada na semana passada é uma proposta vergonhosa, que desrespeita a categoria. Então hoje Curitiba está participando da atividade nacional paralisando algumas agências e centros administrativos”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, Cristiane Zacarias, que participa das negociações com os bancos.
Em frente ao Palácio Avenida, a polícia foi acionada. “Aqui em frente ao Bradesco Palácio Avenida, onde tem uma agência e um centro administrativo, nós conversamos com os policiais sobre o piquete, sobre se tratar de um movimento legítimo, onde um Sindicato de trabalhadores em negociação com patrão, utiliza desse instrumento de paralisação ou a greve para fazer pressão em mesa. Os policiais também vivem esse tipo de rotina nas suas relações de trabalho, que também são precarizadas. Nós conversamos, eles compreenderam, e nós seguimos com a atividade até o meio dia”, afirma a dirigente.
“Estamos em mais um dia de mobilização nacional, para que os bancos venham com proposta decente na mesa de negociação. O banco Santander tem puxado no mercado a questão da terceirização, que nada mais é do que terceirizar atividades bancárias com contratações por empresas que não são do ramo financeiro, ou seja, acabam contratando profissionais não bancários para fazer serviços bancários, ganhando muito menos e precarizando a atividade, precarizando o salário, prestando atendimento ruim para a população, e têm puxado para outros bancos essa estratégia. Nós estamos nos mobilizando para também explicar para a população que o Santander lucra muito e não pode continuar fechando agências e precarizando os serviços bancários”, afirma Denner Halama, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
Desfaçatez na mesa de negociação, desrespeito, é como avalia Junior Cesar Dias, diretor de Comunicação do Sindicato e trabalhador do Itaú. “Então os bancários e bancárias do Brasil inteiro hoje estão paralisando suas atividades. O que a gente espera dos banqueiros para o dia de amanhã: negociação séria, com ações, nós queremos que os banqueiros entendam que nesse momento que os bancários estão em Campanha Nacional, que nós queremos respeito, reconhecimento por tudo aquilo que a gente produz no dia a dia. No momento que os banqueiros poderiam valorizar seus trabalhadores, eles fazem ao contrário”, diz. Junior também convida e convoca a categoria para participar das mobilizações. “Você bancário, bancária, não esqueça: acompanhe e curta as informações nas nossas redes sociais. O engajamento de vocês vai nos ajudar na mesa de negociação. Não deixe de acompanhar, curtir e compartilhar as nossas informações nas redes sociais”.
Os financiários também estão mobilizados reivindicando respeito na proposta. “Nós estamos hoje na frente da Credipar, que é uma instituição financeira. Nós completamos já três meses de início das mesas de negociação com a Acrefi e infelizmente nós não tivemos até hoje uma proposta digna para apresentar aos trabalhadores. Nós tivemos uma oferta de 85% do INPC e isso não é uma proposta justa e nem digna. Hoje nós estamos mobilizando para que a mesa avance. Se isso não for possível, nós vamos continuar pressionando até que a gente tenha uma proposta justa e que seja favorável ao trabalhador”, avalia Katlin Salles, representante do Paraná na mesa de negociações com a Acrefi.
As negociações com a Fenaban continuam nesta semana, de terça até sexta (27 a 30 de agosto). Os trabalhadores se organizam também em plenárias virtuais (nesta segunda, dia 26, dos financiários, e na terça, 27, dos bancários), para definir novas estratégias de mobilização. A data-base da categoria financiária é 01 de junho e da categoria bancária é 01 de setembro.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região