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Latino-americanas discutem justiça de gênero no movimento sindical

Evento, realizado em Honduras pela CSA, debateu ainda trabalho decente e direito das mulheres, desenvolvimento sustentável e o papel da mulher no fortalecimento e transformação sindical.

Trabalho decente e direito das mulheres, desenvolvimento sustentável e integração dos povos, o papel da mulher no fortalecimento e transformação sindical. Esses são alguns dos temas abordados na 3ª Conferencia de Mujeres, promovida pela Confederación Sindical de Trabajadores y Trabajadoras de las Américas (CSA), na cidade de San Pedro Sula, em Honduras, entre os dias 25 e 29 de novembro.

O movimento sindical bancário brasileiro participou do encontro, com representantes de várias entidades, entre elas a secretária da Mulher da Confederação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. Pelo Paraná, participaram a presidenta do Sindicato de Curitiba, Cristiane Zacarias, a diretora de Igualdade e Diversidade do Sindicato, Samanta Almeida, e Secretária da Mulher da CUT Paraná, Eunice Miyamoto.

“A organização das mulheres é fundamental para realizar as transformações que o mundo precisa, como mais direitos, melhores condições de trabalho e uma jornada livre do assédio. Estas transformações só virão pelas mãos das mulheres”, afirma Cristiane Zacarias, presidenta do Sindicato. Ela explica, ainda, os desafios enfrentados pelas mulheres sindicalistas, que têm suas atividades atravessadas pelo machismo. “As mulheres enfrentam desigualdades em todos os ambientes e não é diferente no movimento sindical. Nós mulheres que somos dirigentes sindicais denunciamos todos os dias violências contra as mulheres mas também enfrentamos e experimentamos diariamente o machismo atravessando a nossa existência, o que torna nossa jornada muito difícil também. Precisamos cumprir com o nosso trabalho, atender os trabalhadores e enfrentar na rotina esse machismo estruturante e as desigualdades”, define. “Juntas, organizadas e conscientes de nosso papel vamos superando”.

“Saímos desse encontro compreendendo que a unidade, tanto em âmbito local, quanto em âmbito regional e mundial, da classe trabalhadora segue fundamental para enfrentarmos os problemas que são semelhantes, inclusive na questão de gênero”, ressaltou Fernanda Lopes.

Um exemplo, destacado pela secretária da Mulher da Contraf-CUT, é a desigualdade salarial entre homens e mulheres, um fenômeno que não é apenas brasileiro, mas mundial.

Conforme relatório oficial, dos ministérios das Mulher e Emprego brasileiros, elas recebem cerca de 20% dos salários dos colegas homens, mesmo exercendo a mesma função”, destacou, ao lembrar, em seguida que, recentemente, o Brasil passou a ter uma lei para alcançar a igualdade salarial de gênero, fruto da atuação dos movimentos sociais feministas. “Nas trocas que tivemos neste encontro, da CSA, confirmamos que o cenário de desigualdade salarial de gêneros só não é mais aprofundado por causa das negociações coletivas, que são fundamentais para criar melhores condições sociais às mulheres, a exemplo do que a categoria bancária conquistou aqui no Brasil ao longo de 30 anos de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, completou.

O último dia da 3ª Conferencia de Mujeres resultou na edição de um documento onde as trabalhadoras latino-americanas resumiram os compromisso e prioridades de luta, que incluem acordos para fortalecer a integração das mulheres no sindicalismo e garantir a justiça de gênero no local de trabalho. “A 3ª Conferência Continental de Mulheres da CSA não só celebrou as conquistas das mulheres trabalhadoras da região, mas também reafirmou o seu compromisso com o fortalecimento e a transformação sindical justificada pelo género”, concluiu a entidade em nota para a imprensa.

Fonte: Contraf-CUT

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