Por ampla maioria, as assembleias realizadas nas bases do Comando Nacional dos Bancários em todo país aprovaram o novo modelo de gestão e custeio do plano de saúde dos empregados da ativa, aposentados e pensionistas da Caixa Econômica Federal, o Saúde Caixa. Às 21h de sexta-feira (29), 87% dos votantes tinham aprovado a proposta no sistema de votação eletrônico disponibilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro aos sindicatos, restando 400 votos a serem validados, sem possibilidade de alteração do resultado.
“É uma grande vitória dos trabalhadores. Se a proposta não fosse aprovada, o banco poderia implementar reajustes desconsiderando o pacto intergeracional e a solidariedade, prejudicando os aposentados e quem tem os menores salários”, comemorou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Na base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região a proposta para o Saúde Caixa foi aprovada por 91% dos votantes.
“Nós agradecemos aos bancários ativos e aposentados da Caixa que buscaram se informar, o que possibilitou fazer suas escolhas e aprovaram a proposta que dá sustentabilidade ao Saúde Caixa. A vitória da proposta representa um Saúde Caixa justo, transparente, solidário e com sustentabilidade”, afirma João Paulo Pierozan, diretor da Secretaria de Políticas Sindicais e Movimentos Sociais do Sindicato e empregado da Caixa.
Solidariedade no custeio e pacto intergeracional
O modelo de custeio aprovado não traz alterações nos princípios de solidariedade e no pacto intergeracional estabelecidos desde o início do Saúde Caixa. Também foi mantida a proporcionalidade do custeio entre os empregados (30%) e a Caixa (70%), limitado a 6,5% da folha de pagamentos e proventos, devido a uma alteração realizada pelo banco em seu estatuto.
A alteração mais significativa é a autorização de cobrança de um valor extra na parcela de novembro de 2022 (quando é pago o 13º salário), para fazer frente à necessidade de aumento de arrecadação para cobrir os 30% dos custos do plano que são de responsabilidade dos empregados.
“A proposta aprovada nas Assembleias que ocorreram em todo o Brasil foi construída e debatida pela representação dos Empregados da Caixa e preserva os pilares/premissas do Saúde Caixa, ou seja, a proporção 70/30 (70% contribuição da Caixa e 30% Empregados); a Solidariedade (contribuição de acordo com sua capacidade); o Pacto Intergeracional (a renda, e não a idade, é que determina o valor do plano; e o Mutualismo, quando todos contribuem para aqueles que tenham necessidade de uso possam fazê-lo”, explica Pierozan.
“A consultoria atuarial que contratamos para analisar os documentos da Caixa apontou a necessidade de aumento da arrecadação. Estabelecer a cobrança no mês do 13º, quando os empregados estão mais capitalizados, foi a forma que encontramos para evitar os aumentos mês a mês, o que poderia aumentar os custos sem ter como sustentá-lo. Mas, a maior vitória mesmo foi a manutenção da proporcionalidade de custeio (70/30) e todos os princípios do plano”, concluiu a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.
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