Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os empregados votem em determinado candidato é crime.
O movimento sindical internacional está em alerta devido ao aumento dos casos de assédio eleitoral no Brasil e enviará uma delegação com mais de 30 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA) para acompanhar as eleições para a Presidência da República no país. Um balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que houve um aumento de 58% das denúncias de assédio eleitoral no Brasil. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MP informou que já foram registradas mais de 430 representações nas eleições.
“Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os empregados votem em determinado candidato é assédio eleitoral. E esta prática se configura como crime em nosso país”, explicou a brasileira, presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que recepcionará a delegação internacional que estará no país a partir desta quinta-feira (27).
A comitiva se reunirá com membros da Central Única dos Trabalhadores, de partidos políticos e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além de acompanhar o processo eleitoral até a apuração dos resultados das eleições.
> UNI Global Union
Entidade sindical mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores do setor serviços em 150 países. https://uniglobalunion.org/
> Internacional Progressista
Organização que reúne entidades e grupos de ativistas progressistas de todo o mundo. https://progressive.international/
> Confederação Sindical das Américas (CSA)
A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) congrega 48 organizações nacionais de 21 países, que representam a 55 milhões de trabalhadores. É a organização regional da Confederação Sindical Internacional (CSI). https://csa-csi.org/.
Fonte: Contraf-CUT