Assembleia extraordinária foi realizada em plataforma virtual pelo zoom webinar na noite de quarta-feira, 24 de agosto
Bancários e bancárias da base de Curitiba e região aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária virtual, realizada na noite de quarta-feira, 24 de agosto, a transformação em Assembleia permanente para deliberações da Campanha Nacional dos Bancários 2022. “A partir de agora a Assembleia pode ser convocada a qualquer momento”, explica Antonio Luiz Fermino, presidente do Sindicato, que participou da assembleia virtual diretamente de São Paulo, onde acompanha as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban. “Nós ainda não temos uma proposta global para as cláusulas financeiras, mas acreditamos que isso possa acontecer nas negociações desta quinta e sexta-feira”, explica o dirigente. Nesta quinta, dia 25, a negociação está marcada para as 14 horas, presencialmente, como vem ocorrendo durante esta semana.
Na próxima sexta-feira, 26 de agosto, haverá a continuidade da assembleia, com uma Plenária convocada pela Fetec-CUT-PR a partir das 18 horas e votação de proposta da Fenaban, se houver, pelo site Vota Bem pelo período das 19h00 às 23h59.
Relatos das negociações
Durante a assembleia do dia 24 de agosto, os representantes do Paraná nas negociações com a Fenaban, Antonio Fermino e Deonísio Schmidt, que é presidente da Fetec-CUT-PR, além de Ana Smolka, representante do Paraná na mesa com o Banco do Brasil, relataram o andamento das negociações, desde a proposta dos bancos, além da avaliação dos representantes dos trabalhadores em cada uma das etapas. Nesta semana, todos eles estão em São Paulo.
Confira o calendário completo de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2022
Avaliações do Sindicato
“Hoje estamos oficializando os tramites legais sobre a possibilidade ou não de paralisação. A partir de agora, qualquer hora vai ser hora de deliberação sobre greve ou acordo”, afirma Fermino. Para ele, as reuniões com a Fenaban têm sido um constante empurrar com a barriga por parte dos bancos, que deixam de dar respostas, como uma proposta global para as cláusulas econômicas que n]ao signifiquem perda de direitos para os bancários. “Se no dia 31 de agosto não tivermos uma proposta a ser avaliada, temos estratégia encaminhada. Nenhum dado técnico compõe a realidade de abrir mão de algum direito. Tudo que foi trazido até aqui foi rejeitado em mesa. Precisamos demonstrar força e nos mobilizarmos”, convoca.
O presidente da FETEC-CUT-PR, Deonísio Schmidt lembrou que no Dia Nacional de Lutas realizado nesta semana de negociações paralisou as atividades de mais de 40 agências no Paraná, sendo que em Curitiba a mobilização chegou a três grandes centros administrativos, que essa é a forma de tensionar avanços nas negociações. Ele também relatou que caso não haja acordo nesta semana, as negociações continuam segunda-feira. Ele deu detalhes sobre o recuo da Fenaban na pauta de segurança bancária, em que eles concordaram na criação de um GT para debater, ao invés de impor três modelos de agências em que todas elas seriam sem portas giratórias e só em alguns casos com a presença de vigilantes.
Caixa
Nas negociações com a Caixa, Fermino explicou que o banco quer mudar a regra da PLR, prejudicando os trabalhadores. “A Caixa é a que mais paga proporcionalmente a PLR, tem o adicional da PLR Social. Ano passado as vendas de ativos inflaram o lucro e os ativos que ficaram não estão trazendo rentabilidade, mas a Caixa não é banco de mercado. Infelizmente nos últimos anos ela tem sido desmontada por dentro. Que em 2023 a gente tenha outro foco na gestão da Caixa, resgatar a empresa pública tendo como único sócio o povo brasileiro. Não adianta fazer um baita campanha salarial e deixar acontecer destruição das empresas públicas”, disse, referindo-se à importância do processo eleitoral em 2022 para que um novo projeto de país fortaleça o papel dos bancos públicos.
Banco do Brasil
Sobre o Banco do Brasil, Ana Smolka relatou que é frustrante a forma como a direção do banco tem encaminhado as negociações visando prejudicar trabalhadores de grupo de risco que acumularam horas negativas na pandemia e o banco não quer anistiar, como os trabalhadores reivindicam. “O banco informou que 87% devem menos de 30 horas e umas 1.300 pessoas precisam de prorrogação de prazo, mas nós propusemos a anistia, pois trata-se de um público que não teve condições na pandemia e estão condenadas a três anos de banco de horas”, explica. Ela diz, ainda, que o BB quer prejudicar trabalhadores na rescisão. “No PDV o banco anistiou as horas. Não é justo que agora quando for se desligar ter que pagar essas horas em dinheiro na rescisão. É uma minoria de funcionários, é possível que compreendam. Gestores que usaram banco de horas negativos para punir colegas que não cumpriram metas. Outros bancos fizeram acordos para o banco de horas”, afirma. No BB, ainda não há avanços sobre teletrabalho e nem no que o BB quer mudar nas regras do GDP “É muito frustrante, ainda não há proposta após tantas rodadas. A expectativa é ter uma proposta após definir Fenaban. A mobilização é necessária, é importante conversar com o colega ao lado e ficar em estado de alerta. A gente não vai aceitar retirada de direitos como proposta”, diz.
A assembleia ainda contou com uma saudação do presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, que é trabalhador bancário. Ele destacou que a Convenção Coletiva da Categoria é importante não somente para os bancários, mas para toda a classe trabalhadora, trazendo elementos de referência. O presidente da Central também alertou aos bancários sobre a conjuntura do país, reforçando que as mudanças no Brasil dependem das eleições de 2022.
Próxima assembleia
Os bancários de Curitiba e região participam de assembleia virtual na próxima sexta-feira, 26 de agosto, das 19h00 às 23h59. Fique atento aos nossos canais de divulgação para participar.
Especial Campanha Nacional dos Bancários 2022
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região