A VI Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro acontece entre os dias 5 e 8 de junho. Cerca de 1.200 delegados representantes de sindicatos de bancários de todo o País definirão as reivindicações da campanha salarial 2004.
Os principais pontos a serem debatidos concentram-se nas questões de emprego e salário. A unificação da campanha salarial tem como perspectiva que o mesmo acordo seja válido para todos os trabalhadores dos bancos públicos e privados.
O índice de reajuste salarial deve conter a reposição da inflação do último ano, além de aumento real de salário. Os bancários também vão buscar a valorização do piso salarial da categoria, que se equiparava a 4,3 salários mínimos em setembro de 1994, foi caindo ano a ano, e hoje é de R$ 702,66. “Vamos batalhar por uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais justa, já que os bancos, mais uma vez, estão alcançado resultados recordes este ano”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Além de exigir o fim das demissões, a campanha deste ano vai cobrar dos banqueiros a criação de novos postos de trabalho, com a ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho. “De cara, essa medida poderia aumentar 161 mil vagas no mercado de trabalho”, conta Marcolino. A ratificação da Convenção 158 da OIT, contra dispensas imotivadas, também deverá constar da pauta de reivindicações, assim como o fim das terceirizações, saúde e segurança no trabalho.
A conferência nacional, que estabelecerá a pauta de reivindicações, acontece nos dias 5 e 6, no Amcham Business Center (Rua da Paz, 1.431, Chácara Santo Antônio), em São Paulo, e contará, na abertura, com a participação do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho. Nos dias 7 e 8 ocorrerão congressos e encontros específicos dos bancários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e dos bancos federalizados, no Hotel Hilton (Av. Ipiranga, 165, Centro).
Fonte: Jornal Folha Bancária – SP
