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Bancários denunciam pressões e cobram PLR do Mercantil

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte se reuniu na quarta-feira, dia 25, com o Mercantil do Brasil para cobrar esclarecimentos sobre os resultados e o pagamento da PLR de 2014, assim como denunciar as pressões sofridas por funcionários e a extrapolação da jornada de trabalho. A mediação foi realizada na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) e estiveram presentes os diretores do Sindicato Marco Aurélio Alves, Vanderci Antônio e Ramon Peres, além do advogado do Sindicato, José Sávio Leite.

Os dirigentes sindicais questionaram o provisionamento exagerado de cerca de R$ 700 milhões em 2014 e reafirmaram que os funcionários têm se esforçado e sofrem diariamente com pressões para o cumprimento das metas, que vêm sendo atingidas. Os representantes dos bancários cobraram o pagamento da PLR de 2014 como forma de reconhecimento a esse empenho. O Sindicato, juntamente com a mediadora do encontro, apresentou várias propostas ao banco, dentre elas, o pagamento da PLR no ticket, dividido em duas parcelas.

O Mercantil, mais uma vez, se recusou a negociar o pagamento da participação nos resultados referente a 2014 e, de forma irresponsável, negou que exista sobrecarga de trabalho ou extrapolação de jornada nas unidades. O banco, porém, assumiu o compromisso de encaminhar ao Sindicato, até o próximo dia 3 de março, uma proposta de programa próprio de PLR para 2015. De acordo com os representantes do Mercantil, a proposta prevê o pagamento inclusive no caso de não haver lucro.

Uma nova mediação na SRTE/MG foi agendada para o dia 31 de março, com o objetivo de dar prosseguimento à discussão sobre a PLR de 2015. O Sindicato também continuará cobrando o respeito aos funcionários e o pagamento de PLR relativa a 2014, como reconhecimento aos esforços dos trabalhadores.

Para o funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Marco Aurélio Alves, a mediação foi muito importante para quebrar a intransigência do banco em relação à valorização dos funcionários e às condições de trabalho. “O banco insiste em não querer enxergar a insatisfação dos trabalhadores. Os funcionários exigem o fim da extrapolação de jornada e do acúmulo de funções, bem como o pagamento de valores compatíveis com os esforços para o cumprimento das metas. O resultado negativo do Mercantil em 2014 foge da alçada de atuação dos funcionários e, por isso, a nossa reivindicação de pagamento da PLR persiste”, afirmou.

O funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio ressaltou que funcionários do banco, mais uma vez, foram vítimas do descaso e da arrogância da instituição. “Ao ser questionado sobre o provisionamento, o senhor Márcio Ferreira, gerente de Capital Humano, disse apenas que o Banco Central autorizou o balanço e o provisionamento, sem dar explicações plausíveis. Além disso, se recusou em mesa a levar a proposta de PLR de 2014 à diretoria. Será que ele se julga dono do Mercantil?”, questionou.

Vanderci lembrou que os funcionários terão agora que analisar a nova proposta de PLR para 2015, que será apresentada pelo banco. “Esperamos que essa caixa de surpresas não seja outra caixa de pandora”, concluiu.

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