A Executiva Nacional dos Bancários, em reunião ampliada com o Conselho Diretivo da CNB/CUT na tarde desta terça-feira, 31/08, em São Paulo, aprovou a seqüência do calendário de mobilização da campanha salarial e indicou para o próximo dia 21 de setembro a greve nacional dos bancários.
Passados mais de dois meses da entrega da Minuta Mínima à Fenaban, os banqueiros apresentaram somente uma proposta salarial, de 6% de reajuste, que já foi rejeitada em todo o país. A enrolação dos banqueiros está levando os bancários a intensificarem as atividades em busca de suas reivindicações. “Já ocorreram inúmeras paralisações em todo o país e o grande encontro nacional realizado em São Paulo no dia 25 mostrou que os bancários estão dispostos a lutar por suas reivindicações”, ressalta o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas.
Ele lembrou que nos bancos públicos federais a situação também se arrasta. A Caixa mantém uma postura ruim na mesa de negociação em torno das cláusulas complementares. Ao invés de apostar na solução da campanha, sequer confirmou o pagamento da PLR nos moldes da Fenaban, a exemplo do Banco do Brasil, questiona ainda pontos importantes para a categoria. No Banco do Brasil, apesar dos avanços, a direção também não aponta soluções para construir o acordo. O BNB, o Basa e os bancos federalizados sequer assumiram o compromisso de cumprir os principias itens da Convenção, como o BB e a Caixa.
“Vamos forçar os banqueiros a fazerem propostas sérias, caso contrário, vamos à greve a partir do dia 21”, avisa Vagner.
Calendário – As atividades da categoria seguem firmes nas próximas semanas. No calendário da Executiva Nacional dos Bancários, aprovada na reunião ampliada desta terça, prevê a participação dos bancários no Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro; um Dia Nacional de Lutas no dia 9 de setembro; nova reunião da Executiva Nacional dos Bancários no dia 15; assembléias para deliberação sobre a greve no dia 20 e a greve a partir do dia 21.
Meire Bicudo – CNB/CUT