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BANCÁRIOS PEDEM À FENABAN REDUÇÃO DA JORNADA PARA 5 HORAS

03/05/2004
(São Paulo) Na última sexta-feira, dia 30/04, os bancários apresentaram a sua contraproposta à intenção demonstrada pelos banqueiros de aumentar a jornada da categoria para oito horas diárias. Os bancários propuseram a redução para cinco horas diárias, sem redução salarial, com ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h e a criação de dois turnos de trabalho.

As discussões na mesa temática começaram pelos temas apresentados pela Fenaban na reunião de instalação da mesa, como as jornadas especiais. Os banqueiros propuseram a regulamentação do trabalho aos finais de semana, tomando como referência os acordos existentes no Bradesco e HSBC. A idéia é ter uma Convenção Coletiva que regulamente este tipo de trabalho. Mas um primeiro problema é que, na proposta dos banqueiros, os bancos teriam a opção de aderir a esta convenção ou não. Este acordo valeria, segundo os bancos, apenas para as áreas de atendimento. Sugerem o “alargamento” destas possibilidades para agências em shoppings e estandes em feiras.

Segundo o secretário de Organização da CNB/CUT, Miguel Pereira, os bancários aceitam debater o tema, no entanto, o acordo, caso venha a ser formalizado, não pode ser optativo e solicitaram da Fenaban informações sobre as áreas que seriam alvo deste acordo, além das de teleatendimento e cartão de crédito que trabalham aos finais de semana.

Para tentar mapear estas informações, a CNB enviou um questionário (DTX08904) às entidades sindicais para ser respondido. Os dados servirão como subsídio para os trabalhos da mesa temática.

Jornada – A Fenaban tentou ainda fazer o debate sobre o fracionamento da jornada de seis horas, entre 15 e 60 minutos, o que na prática, acarretaria uma jornada de sete horas para os bancários.

Sobre as jornadas especiais, a Fenaban demonstrou a intenção de contratação entre três e oito horas, ou seja, o famoso part-time.

A próxima reunião sobre da mesa de jornada não foi confirmada, mas deve ocorrer na última semana de maio.

“A reunião serviu para sabermos as intenções dos banqueiros sobre o tema. Percebemos ainda a ansiedade dos bancos em discutirem o fracionamento da jornada, que não estava pautada para a reunião de sexta. Esta proposta é, na prática, aumento da jornada, quebrando o parâmetro legal das seis horas. Isto afronta a nossa contraproposta de redução da jornada para cinco horas”, avalia Miguel Pereira.

Terceirização – A pedido da Fenaban, o bancários apresentaram na instalação da mesa temática sobre terceirização as suas propostas, que são: parar o processo e revertê-lo nas áreas que envolvem sigilo, como compensação, retaguarda, cobrança, teleatendimento, tesouraria e cartão de crédito; repasse de informações; criar normas para formas de uso de mão-de-obra, como cooperativas de trabalho, interposição fraudulenta, falso autônomo, estágio e trabalho temporário e, por último, contratação para as áreas de apoio, como limpeza, segurança e manutenção.

Ainda não foi marcada a primeira reunião desta mesa temática.

Meire Bicudo – CNB/CUT

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