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Bancários se mobilizam contra demissões no Bradesco

Um dia depois de figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil com as hashtag #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite, os bancários de todo o País voltaram a chamar a atenção nesta quinta-feira, 12 de novembro, com o Dia Nacional de Luta contra as demissões do Bradesco. Manifestações nas portas das agências e dos departamentos do banco Bradesco protestaram contra as demissões realizadas pelo banco neste ano.

Na capital paranaense, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e região chamou a atenção da população sobre o descaso do Bradesco com seus funcionários e a falta de responsabilidade social neste momento em que o Brasil passa por sua maior crise sanitária e econômica. Faixas foram estendidas nos sinaleiros de vários cruzamentos da cidade. 

#QuemLucraNãoDemite
Para Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, não há justificativa para que a empresa de capital aberto que mais lucrou na América Latina no primeiro semestre continue colocando pais e mães de família no olho da rua. “Estamos em luta e não mediremos esforços para barrar esta falta de responsabilidade social”, disse.

A ação faz parte da campanha organizada pela Contraf-CUT e Sindicatos dos bancários, que denunciam a quebra do compromisso de não realizar demissões durante a pandemia, assumido pelo banco e pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário. “Não nos daremos por vencidos até que todos os bancos recuem e parem de demitir”, completou Magaly.

O Bradesco já demitiu mais de 1.200 trabalhadores este ano, de acordo com cálculos da COE/Bradesco. Isso no mesmo período em que obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020. Os três maiores bancos do País estão demitindo. Ao todo, já dispensaram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em claro descumprimento ao acordo firmado em março.

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