Os bancários e bancárias do Banco do Brasil não suportam mais tantas cobranças por produtividade, o que, somadas à falta de funcionários e de condições de trabalho adequadas, têm causado muitos problemas na saúde física e mental. Se, por um lado, o banco fala em cuidar da saúde mental por meio de uma gestão de pessoas mais humanizada, por outro, a Vice-presidência de Negócios de Varejo (Vivar) aumenta, semestralmente, as metas de forma exponencial.
“Ninguém mais consegue cumprir metas tão absurdas. A majoração das metas acarreta a cobrança abusiva, além do assédio moral”, explica a dirigente sindical Ana Busato. “Então, não adianta dizer que vai cuidar dos funcionários, oferecendo sessões de terapia e acesso subsidiado a academia, se o trabalhador, na prática, está tão esgotado pela pressão diária das metas, que mal consegue pensar em se cuidar quando sai do trabalho”, acrescenta.
Apesar das grandes expectativas, os funcionários do banco estão muito frustrados com as negociações específicas. Isso porque, até o momento, as mesas permanentes não apresentaram avanços efetivos, sobretudo na melhoria das condições de trabalho. “O banco afirma que está preocupado com a saúde mental de seus trabalhadores, porém, na prática, não vemos nenhum avanço nas negociações que discutiram PCS, Performa e caixas”, exemplifica a dirigente sindical Ana Smolka.
O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região defende que, para cuidar efetivamente da saúde dos trabalhadores, o Banco do Brasil mantenha o número adequado de funcionários para exercer as tarefas; que disponibilize ferramentas e condições adequadas de trabalho, com possibilidade de carreira, valorização e reconhecimento; que capacite os gestores de equipes a atuarem com respeito a diversidade e empatia com os demais. “Isso sim seria cuidar da saúde mental das pessoas”, afirma o dirigente sindical Alessandro (Vovô).
Consulta do Sindicato
Recentemente, o Sindicato realizou uma consulta com os funcionários dos Escritórios de Negócios e os resultados obtidos são alarmantes. “Com isso em mãos, após nos reunirmos com os trabalhadores, o Sindicato acionou o protocolo de resolução de conflitos no local de trabalho, conforme cláusula da CCT, em duas unidades do banco. Pretendemos avançar nessa questão, até que o BB trate verdadeiramente os problemas, com seriedade e respeito aos funcionários”, pontua Alessandro.
Pesquisa da UnB
O Sindicato e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em conjunto com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), estão realizando a pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. O objetivo é analisar a relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimento dos trabalhadores do Ramo Financeiro.
Clique aqui para participar da pesquisa.
Serão analisadas condições profissionais, divisão do trabalho, as regras formais, o tempo, o ritmo, o controle e as características das tarefas; condições físicas de trabalho: a infraestrutura, tais como ambiente físico, qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, como os aplicativos e sistemas; e condições sociais, relações socioprofissionais de trabalho, como as interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e virtual.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região