A apresentação do balanço de 2014 do Banrisul ocorreu na manhã desta quinta-feira (12), durante entrevista coletiva, no Salão Nobre da Direção Geral (DG), em Porto Alegre. Além da imprensa, diretores e funcionários do Banrisul, dirigentes sindicais bancários também acompanharam a divulgação do demonstrativo financeiro do banco. De acordo com os dados apresentados pelo presidente Túlio Zamin, o lucro líquido consolidado da instituição alcançou R$ 691,4 milhões em 2014.
O resultado, inferior ao registrado em 2013, teve o impacto de eventos extraordinários, entre eles estão as despesas com a reestruturação dos planos de benefícios da Fundação Banrisul de Seguridade Social e o Plano de Aposentadoria Incentivada. Já o lucro líquido ajustado do banco, que desconsidera eventos extraordinários, ficou em R$ 753 milhões, 4,9% abaixo dos números registrados em 2013.
Durante a apresentação do balanço, Túlio Zamin – que será substituído em breve pelo economista Luiz Gonzaga Veras Mota – destacou as estratégias de futuro adotadas pela atual gestão do Banrisul, incluindo a expansão da rede de atendimento, a diversificação dos serviços para ampliação das receitas, a reestruturação do setor de cartões e os investimentos em Tecnologia da Informação. Outros pontos positivos do balanço, conforme Zamin, são o crescimento das alternativas de negócios, o índice confortável de Basileia de 18% e a solidez da carteira de crédito do Banrisul. “Com certeza, ao longo dos últimos anos, contribuímos para que o banco continue a serviço da sociedade gaúcha”, enfatizou Túlio Zamin.
Expectativa para o futuro
Questionado pela Fetrafi-RS sobre a possível influência da política de cortes e ajuste fiscal anunciada pelo governo Sartori sobre a gestão do Banrisul enquanto banco público, o futuro presidente apenas que o governo está revendo as contas públicas e as medidas de ajuste podem ter reflexos sobre o crescimento econômico. Segundo ele, isto pode deixar os bancos mais cautelosos na concessão de crédito. “O banco tem uma diretoria técnica e vai manter a mesma cautela no crédito que está tendo hoje”, finalizou Veras Mota.