BB: Sindicato se reúne com bancários dos Escritórios de Negócios

Após ampliar o diálogo com os trabalhadores, entidade têm conversado com gestores e cobrado mudanças do banco.

Após analisar os resultados da consulta específica realizada com os funcionários e funcionárias dos Escritórios de Negócios (Estilo, Exclusivo e Leve) do Banco do Brasil de Curitiba, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região está reunindo os trabalhadores das unidades em que as respostas foram mais críticas para ampliar o diálogo sobre as condições de trabalho, além de organizar e mobilizar a categoria.

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“Os principais pontos levantados nestas reuniões são as metas abusivas, as formas desrespeitosas de cobrança, o controle constante e a vigilância dos funcionários – inclusive, não permitindo que eles conversem entre si, tomem café ou usem o banheiro livremente –, o excesso de mensagens durante o dia, em diversos canais, e as carteiras com potencial de negócios majoradas, entre outros”, relata a secretária de Comunicação do Sindicato, Ana Paula Busato.

Após a reunião com os trabalhadores, o Sindicato também tem realizado conversas com os gestores das unidades, apresentando o recorte dos resultados da consulta e cobrando um reposicionamento. “Os trabalhadores entendem que o local de trabalho inadequado, como os escritórios do Shopping Estação, agrava o problema. Por isso, temos conversado com o banco solicitando a readequação desse quadro em agências”, pontua o secretário de Cultura do Sindicato, Alessandro Garcia (Vovô). “Também é importante o cumprimento da NR17, uma vez que os trabalhadores atuam como um call center e, por isso, deveriam desconectar 10 minutos a cada uma hora trabalhada”, acrescenta.

“Outra questão apontada pelos bancários é o uso punitivo da GDP. Por melhor que tenham performado no cumprimento da meta, o gestor tem colocado notas que deixam os trabalhadores com baixas pontuações para novas concorrências e com medo de descomissionamento após 3 ciclos avaliatórios”, explica o dirigente sindical Dalton Bilbao. O Sindicato também acompanha as reuniões em que o Banco do Brasil tem proposto uma revisão da GDP. “Mas entendemos que a mudança deve ocorrer no sentido de a ferramenta ser instrumento de reconhecimento e aprimoramento”, pontua o dirigente.

Por fim, outros dois pontos foram citados nas conversas: a falta de competitividade dos produtos do BB, o que exige um trabalho dobrado dos bancários para atingir as metas; e as premiações recebidas pelos superintendentes e seus superiores, denunciando que, por receberem prêmios por produtividade, os gestores tendem a extrapolar os limites de cobrança para benefício individual. “Trata-se de uma situação que vemos com muita preocupação, pois além de aumentar a pressão, tais benefícios ferem o código de ética do BB”, aponta a representante do Paraná na CEBB, Ana Smolka.

É preciso olhar para as pessoas

Nos últimos dias, o Banco do Brasil divulgou o resultado do segundo trimestre de 2023. Com um vídeo que apresenta números e informações consistentes e sustentáveis, o banco afirma que faz a diferença para o país, auxiliando nas conquistas dos brasileiros. “Sabemos que o BB tem um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil e que os resultados são importantes. Porém, vamos continuar cobrando que é preciso olhar para as pessoas que produzem esse resultado, pois a saúde dos trabalhadores do Banco do Brasil não vai nada bem!”, pontua Ana Paula Busato.

Próximos passos

As reuniões terão continuidade nos Escritórios Leve e demais escritório em agências. Depois disso, o Sindicato irá encaminhar as demandas para a mesa de negociação com o Banco do Brasil, solicitando a transferência de local dos escritórios que estão em estrutura inadequada, acionando o protocolo de prevenção de conflitos, previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), e denunciando ao Ministério Público do Trabalho (MPT) o descumprimento da NR 17. “Além disso, vamos atuar para construir a mobilização nacional dos bancários de escritórios de atendimento remoto para exigir melhores condições de trabalho nessas unidades”, finaliza Ana Smolka.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região