A Contraf-CUT disponibiliza para sindicatos e federações a nova edição do jornal Raios, dedicada aos funcionários do Bradesco. A publicação com quatro páginas destaca que as mobilizações dos trabalhadores em todo o país contra o atendimento incompleto dos planos de saúde e odontológico surtiram efeito.
O Bradesco se comprometeu a se adequar à Lei 9.656 e incluir no atendimento aos usuários especialidades como psicologia, psiquiatria, fonoaudiologia e nutricionista, entre outras, além de procedimentos como vasectomia. Os serviços estão disponíveis desde o dia 4 de agosto.
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O jornal também está disponível para as entidades na seção de download na área restrita do site da Contraf-CUT. "Trata-se de avanços importantes, fruto da mobilização dos bancários em todo país", destaca a diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis.
Em relação ao atendimento odontológico, o jornal traz matéria que aponta avanços nas negociações, mas ressalta que atendimento ainda é precário. "O plano odontológico continua defasado em seu rol de especialidades. No máximo temos cobertura para obturação dentária. Vamos continuar insistindo para que mudanças ocorram de modo a garantir um plano mais moderno aos bancários", afirma Walcir Previtale, secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e funcionário do banco.
A publicação traz ainda dados do balanço do segundo trimestre deste ano, frisando que, apesar do lucro de R$ 2,6 bilhões, o Bradesco fechou empregos, o que é inaceitável. A partir da análise do Dieese, o jornal desvenda o truque de maquiar o balanço, através da enorme provisão para devedores duvidosos, que acaba impactando a PLR dos bancários.
Outro destaque é o abismo que separa os ganhos dos executivos e os salários dos trabalhadores e que vem crescendo no Bradesco. No primeiro semestre apenas o conselho de administração e a diretoria do banco ficaram com uma fatia de mais de R$ 173 milhões só de proventos, ou seja, 44,8% a mais do que abocanharam nos primeiros seis meses de 2011.
"Enquanto isso, os bancários não são valorizados, o que é inaceitável. Está na hora de o banco negociar com o movimento sindical um plano de cargos, salários e carreiras com regras transparentes, que garantam ascensão profissional e uma remuneração digna para todos", salienta Elaine Cutis.
Ao final, o jornal destaca a Campanha Nacional dos Bancários 2012, apontando as principais reivindicações da categoria e chamando cada colega a participar da mobilização para garantir novas conquistas econômicas e sociais.