Durante o mês de agosto, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região recebeu diversas denúncias de trabalhadores da Plataforma Digital do Bradesco (6933), sobre as péssimas condições de trabalho no setor. Segundo os relatos, a utilização de métodos de gestão cada vez mais perversos e a forma como se dá o gerenciamento do trabalho têm causado transtornos e até adoecimento dos bancários.
“Os funcionários relatam que a pressão feita para ampliar a arrecadação do banco com Crédito e Consórcio está insuportável. A direção do Bradesco parece querer que o lucro alcance o do Itaú e que o valor das ações no mercado cresça, mas quem está sendo massacrado, de forma desumana, para atingir metas altíssimas são os trabalhadores”, explica o dirigente sindical Ademir Vidolin.
As denúncias citam situações de constrangimento, humilhação, ameaças e demissão, exposição de rankings e reuniões diárias repletas de cobranças e pressão por produtividade “Ao que parece, os gestores do Bradesco encontraram uma fórmula de como destruir a mente dos trabalhadores e de como acabar com o sonho de fazer parte da categoria bancária”, acrescenta Vidolin.
“Além disso, não devemos excluir a responsabilidade da Gerência Regional que, em formato cascata, exige incansavelmente que as metas sejam cumpridas a qualquer custo. Isso aliado ao gestor da Plataforma que, ao custo da saúde e vida das equipes, deseja ser o primeiro no ranking das Plataformas Digitais”, adiciona a dirigente sindical Karla Huning.
A realidade na Plataforma Digital
Com a estratégia do Bradesco de retirar as carteiras das agências e transferi-las para as Plataformas Digitais, veio junto a pressão para se obter uma alta rentabilidade. Como se isso já não bastasse, há ainda diversos problemas cotidianos que os trabalhadores precisam enfrentar, como, por exemplo, o fato dos clientes não atenderem as ligações telefônicas com prefixo 3003. Os clientes também não têm exatamente o mesmo interesse, além de condições financeiras, em adquirir todos os produtos que o banco quer vender.
Com tudo isso, a carga recaí sobre os bancários, que, segundo os relatos que chegaram ao Sindicato, precisam ouvir constantemente o discurso de que: “vocês são obrigados a entregar os objetivos, vocês precisam sair do quadrado, fazer seu melhor, implementar boas práticas, ter disciplina, fazer um bom planejamento. Olhem o que fizeram mês passado e apresentem crescimento para a carteira, você precisa apresentar uma evolução, todos nós temos nossas responsabilidades. Coloque-se no lugar do seu líder, mude sua mentalidade, pois precisamos dar uma resposta ao mercado, vocês precisam ter o senso de urgência… o banco somos nós!”
“Como consequência desse método perverso de gestão, temos pessoas trabalhando com o uso de medicação controlada, outras apresentando atestados médicos e aqueles que estão procurando por outro emprego ou sendo demitidos”, conclui Ademir Vidolin. Diante desse cenário, o Sindicato está avaliando as medidas cabíveis para coibir a reprodução deste ambiente de trabalho nada saudável na Plataforma Digital.
#SindicatoForteGaranteDireitos
📢 Quer falar com o Sindicato? Entre em contato pelo WhatsApp ou pelo nosso canal de Denúncias
🧩 Ainda não é sócio do Sindicato? Conheça todas as vantagens de ser sócio e sindicalize-se
📱 Que tal acompanhar o Sindicato nas redes? Acesse nosso Youtube, Instagram, Facebook e X/Twitter
🗞️ Deseja receber as notícias do Sindicato? Cadastre-se no nosso canal de notícias do WhatsApp
✋🏾 Baixe nosso Aplicativo com sua carteirinha digital e tenha o Sindicato na palma da sua mão
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região