São Paulo (AE) – O Bradesco, maior banco privado nacional, registrou no ano passado o maior lucro nominal da sua história: R$ 2,3 bilhões, crescimento de 14% em relação a 2002. Nesse resultado – uma surpresa para analistas de mercado que esperavam valor menor – pesou o lucro do quarto trimestre, de R$ 715 milhões. Também foi o melhor desempenho do banco para o período, vitaminado pela venda da Latasa, que teve impacto de R$ 128 milhões líquidos. Entre os fatos relevantes de 2003, figuram as aquisições do BBVA (Bilbao Biscaya) e da financeira Zogbi, que após aprovação pelo Banco Central (BC) deverá integrar os ativos da Finasa, com o desaparecimento do nome em dois anos.
O presidente do Bradesco, Marcio Cypriano, prevê para o ano resultado semelhante sobre o patrimônio líquido, de 17% a 18%, mas antecipa que esse patrimônio, de R$ 13,5 bilhões em dezembro de 2003, deverá ser ampliado, inclusive com aquisições. Ele revelou que o Bradesco tem interesse nas privatizações do Banco do Estado do Maranhão (BEM), no Banco do Estado do Ceará (Besc) e no Banco do Estado do Piauí. “São bancos interessantes porque agregam funcionários públicos e as operações financeiras dos estados.” Em 2002, o patrimônio líquido do banco somava R$ 10,8 bilhões. Cypriano brincou que deseja rentabilidade maior, mas “esta é uma projeção realista”.