Os bancários e a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban, realizam hoje, dia 20, às 15h, no L´Hotel, Alameda Campinas, 266, a terceira rodada de negociações da Campanha Salarial 2004. Nas duas rodadas anteriores não foi apresentada nenhuma proposta e amanhã os debates vão girar em torno dos temas como jornada, cláusulas sociais e sindicais e deve abordar a participação nos lucros e resultados (PLR).
Na última rodada, que ocorreu no dia 6 de julho, os banqueiros alegaram “dificuldades” para conceder aumento real de salários, conforme reivindica a categoria. Além disso, ainda propuseram a regulamentação das demissões, uma constante na categoria.
Para o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas, os lucros altos que os bancos obtêm todos os anos permite que eles concedam aumento real de salários para a categoria e até mais. “Os bancos podem não só podem conceder aumento real para os bancários, como podem garantir o emprego, criar mais postos de trabalho e prestar um atendimento digno nas agências e garantir maior segurança aos bancários, clientes e usuários de bancos”, protestou.
Segundo Freitas, a escalada crescente dos lucros dos bancos deve se repetir neste ano. As projeções feitas por várias assessorias econômicas conceituadas projetam um crescimento de 20% no lucro deste primeiro semestre para bancos como o Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Unibanco.
As reivindicações:
Os bancários de bancos públicos e privados reivindicam reajuste salarial de 25% (6,22% de reposição da inflação mais 17,68% de aumento real), PLR de um salário mais R$ 1.200, além de 14º salário e 13º em tíquete. A minuta de reivindicações, que contém 94 cláusulas, trata, além das questões econômicas, de emprego, segurança, jornada, saúde, igualdade de oportunidades. Também há cláusulas que exigem auxílio-educação e abono-assiduidade de cinco dias, que os trabalhadores poderiam utilizar ao longo do ano. O piso salarial reivindicado é o mínimo previsto pelo Dieese, ou seja, R$ 1.522,01. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Meire Bicudo – CNB-CUT
