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Carta ao ministro Gilmar Mendes

Choca a qualquer cidadão a notícia de que a Receita Federal esteja sendo usada para forjar dossiês deste ou daquele candidato. Agora, choca ainda mais ler em um jornal notadamente Serrista – Folha São Paulo –, a entrevista do ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal tentando imputar aos sindicatos a autoria de tal barbárie.

Segundo o senhor Gilmar Mendes, o vazamento na Receita Federal não deve ser atribuído à cultura de clandestinidade partidária. Para ele, “a cultura do vale tudo da política sindical também pode estar ligada a tudo o que vem acontecendo”, e ainda “não se pode transpor ao mundo político institucional os paradigmas selvagens da política sindical”.

De tais declarações, percebe-se que o judiciário brasileiro, de fato, tem a máxima isenção para, a partir de fatos, julgar adequadamente. Bastou o pasquim paulistano se pronunciar, juntamente com outros meios de comunicação, cujos donos monopolizaram a imprensa nacional, para que o ministro do STF, guardião da Constituição Brasileira, sem qualquer escrúpulo, debitasse a conta ao movimento sindical brasileiro.

Ora, senhor Gilmar Mendes, é preciso que sua excelência saiba julgar sem fazer juízos, afinal, depois do Legislativo, é o Judiciário o órgão de menos fé. Alem disso, nem mesmo depois que em data recente ministros, desembargadores e juízes estiveram em evento patrocinado unicamente por banqueiros e que o senhor mandou suspender a prisão do banqueiro Daniel Dantas, o movimento sindical saiu em "defesa da ética e da democracia", afirmando que o judiciário era aparelhado pelos banqueiros e que não haveria isenção dos magistrados.

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