O anúncio de reestruturação do Citi trouxe a informação de que 14 das 198 agências e lojas do grupo serão fechadas no Brasil. Em busca da redução de custos, o Citi vai demitir 11 mil pessoas globalmente.
Em comunicado divulgado nos Estados Unidos, o Citi afirma que terá como foco 150 cidades com maior potencial de consumo de produtos bancários, concentrando-se em áreas metropolitanas.
No Brasil, o banco afirmou em nota que "o país continua sendo um dos mercados prioritários para o negócio do Citi". "Estamos otimistas em relação às oportunidades futuras e vamos manter nosso objetivo de ser o banco de escolha no segmento premium do varejo no Brasil", informou a instituição.
Procurado pela reportagem, o banco não concedeu entrevista. Em Brasília, Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil, se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A pauta do encontro não foi divulgada.
A grande dúvida que se abre no Brasil é em relação à unidade de crédito ao consumo, que inclui a Credicard. Isso porque mundo afora é justamente no segmento de empréstimos para pessoas físicas que a reestruturação terá um de seus principais focos. O Brasil não é citado na mensagem do banco entre os países cujas atividades serão vendidas ou reduzidas, o que acontecerá no Paraguai, Paquistão, Romênia, Turquia e Uruguai.
O Citi Brasil acumula neste ano lucro líquido de R$ 504,2 milhões, até setembro. É um resultado bastante inferior ao R$ 1,269 bilhão de igual período do ano passado.
O principal motivo para a redução do resultado no Brasil foi relacionado ao diferimento de impostos. Enquanto nos nove primeiros meses de 2011 o banco obteve receita de R$ 767,1 milhões nessa linha do balanço, neste ano teve despesa de R$ 83,2 milhões.