Agência Brasil – Stenio Ribeiro
Clientes de bancos e de consórcios se conscientizam, cada vez mais, da importância de reclamar seus direitos junto às centrais de atendimento ao cidadão, que o Banco Central opera em suas gerências regionais e na sede, em Brasília. Contato que pode ser feito pelo telefone 0800-992345, e-mail, carta ou pessoalmente.
Além das denúncias e reclamações mais corriqueiras, por causa de longas filas, dos altos reajustes das tarifas bancárias, falta de fornecimento de documentos e negligência no atendimento, no caso dos bancos, o BC constata, também, alto índice de desobediência às normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na administração de consórcios.
Tanto assim, que o BC decretou, em novembro do ano passado, a liquidação extrajudicial da Auto-América Administradora de Consórcios Ltda e suspendeu, temporariamente, a licença para que os consórcios Tedesco e Tagide constituam novos grupos. Os dois têm, juntos, mais de 4,7 mil clientes. Outros consórcios também estão na mira da fiscalização do BC; inclusive alguns dos maiores do país como o Honda, que tem mais de 1 milhão de clientes, e o Fiat, com 82,5 mil consorciados.
No caso dos bancos com mais de 1 milhão de correntistas, os campeões de reclamações são o Banco do Brasil o conglomerado ABN AMRO, Unibanco, Itaú e Caixa Econômica Federal. Nas instituições com menos de 1 milhão de clientes, o índice de reclamações procedentes é mais forte no Banco do Estado do Pará, Banco de Brasília e Banco Mercantil do Brasil.
A Central de Atendimento ao Cidadão, do BC, recebeu, no ano passado, 11.065 reclamações e 14.144 denúncias, além de responder a quase 510 mil pedidos diversos de informações. Dados que permitem ao BC elaborar um ranking com as instituições mais denunciadas, que é publicado todos os meses, com o objetivo de cientificar a sociedade sobre os campeões de reclamações.
O cidadão, na maioria das vezes, recebe a resposta sobre seu questionamento diretamente da instituição reclamada, depois da intermediação do BC.